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Festival Gala Gala arranca com Dança de Butcheca

Fotos: JR

A terceira edição do Festival Gala Gala arrancou esta segunda-feira, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo. O início do evento que junta nove centros culturais aconteceu com a inauguração da exposição A dança das sombras, de Butcheca. A apresentação da individual de pintura coube a Nelson Saúte.

A abertura da terceira edição do Festival Gala Gala teve dois momentos. Primeiro, foi uma sessão formal, que aconteceu na biblioteca do Camões – Centro Cultural Português em Maputo. Nessa ocasião, intervieram representantes de várias entidades que apoiam e/ou realizam o festival multidisciplinar. Um dos intervenientes da tarde foi Antonino Maggiore, Embaixador da União Europeia em Moçambique. Para Maggiore, o apoio à cultura é preponderante porque a expressão cultural constitui uma das formas de os povos conhecerem-se e aproximarem-se. E ainda reforçou, dizendo: “A acultura, para a União Europeia, é a chave do desenvolvimento social e o que une as pessoas”.

Além de unir os artistas, os produtores, os directores e todos os entusiastas das artes, a terceira edição do Festival Gala Gala pretende funcionar como uma plataforma viável para que as pessoas se expressem e possam ser compreendidas. Intervindo em representação dos nove centros culturais que realizam o festival, Sara Jona Laisse lembrou que “150 artistas vão mostrar o seu trabalho em diferentes modalidades artísticas” ao longo de uma semana do evento. Com isso, acrescentou a Directora-Executiva da Fundação Fernando Leite Couto, o objectivo é colocar Maputo no mapa das cidades criativas ao nível mundial.

Na primeira parte do evento desta segunda-feira, coube ao Director Nacional das Indústrias Culturais e Criativas declarar aberta a terceira edição do Festival Gala Gala em representação da Ministra da Cultura e Turismo. Segundo disse Emanuel Dionísio, o Festival Gala Gala é uma iniciativa preponderante porque “Oferece mais espaço para que os nossos artistas possam expressar e apresentar as suas ideias”.

Num segundo momento, todos os presentes foram convidados a trocar a biblioteca do Camões – Centro Cultural Português pela Galeria, onde foi inaugurada a exposição A dança das sombras, de Butcheca. Durante a apresentação da individual de pintura, Nelson Saúte referiu-se ao processo criativo do artista plástico e de como, nos últimos meses, foi acompanhando a produção da mostra. Sem esconder o entusiamo e admiração, o escritor realçou que “O Butcheca é, indubitavelmente, um dos maiores talentos da nova geração de pintores moçambicanos”.

Já na sua intervenção, Butcheca referiu que A dança das sombras é uma individual de pintura que traduz vários episódios experienciados por si, sempre partindo da realidade. De algum modo, a sua preocupação foi representar algumas danças moçambicanas, entre as quais nyau e mapiko. Mas na mostra também há uma colecção de máscaras, colocadas logo à entrada da galeria: “Esta exposição toda que estamos aqui a ver é baseada numa história real”, disse Butcheca, partilhando momentos que foram determinantes  para que a imaginação fluísse durante o processo da maturação das ideias da exposição.

A terceira edição do Festival Gala Gala realiza-se entre 12 e 18 de Setembro.

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