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Ferroviário volta a ser “rei” e “rainha” da Taça Maputo em basquetebol

Ferroviário de Maputo conquista Taça Maputo em basquetebol, ao vencer, na final, o Costa do Sol por 88-73, em masculinos, e 60-46, em femininos. A final foi marcada pela mudança forçada do Pavilhão do Desportivo para A Politécnica, devido ao mau estado do primeiro recinto.

Tarde e noite de sábado de muito basquetebol (pelo menos tinha de ser assim tendo em conta o nível das equipas que estariam na quadra), na Cidade de Maputo. Ferroviário e Costa do Sol cruzam-se em ambos os sexos em busca da Taça Maputo para enriquecer as suas prateleiras.

E tudo indicava que o arrebatamento aconteceria no Pavilhão do Desportivo Maputo. A história começaria a ser escrita a partir das 15h00, com as equipas femininas a defrontarem-se. Até aí, tudo bem.

O que não se sabia é que o despique levaria apenas seis minutos, porque o piso não estava em condições, colocando em risco a integridade física das atletas. Para evitar o pior, os jogos foram transferidos para o Pavilhão da A Politécnica.

O Ferroviário estava, nessa altura, em vantagem de seis pontos, que nunca largou. Aliás, foi um Ferroviário que abriu uma vantagem de mais de vinte pontos no jogo, fruto da sua boa prestação, sobretudo, no segundo quarto.

Entretanto, o Costa do Sol viria a buscar o resultado no terceiro quarto, tendo saído a perder por 41-40. Muito pouco para um Ferroviário que, no fim, venceu por 60-46. Noite considerada infeliz pelo treinador das “canarinhas” Marvin Cossa.

“Cometemos muitos erros, principalmente no último quarto, onde tivemos três perdas de bola, depois da recuperação da desvantagem larga no terceiro período, em que saímos a perder por um ponto de diferença”, disse Cossa.

Já Nazir Salé era um homem radiante. “Sabíamos que seria um jogo complicado, mas interessava-nos ganhar. Por isso, nunca deixamos de manter o foco, mesmo quando o Costa do Sol se recuperou da desvantagem”, disse.

Em masculinos também foi para baixa da cidade

Se em femininos estava tudo resolvido, em masculinos ainda estavam por definir. Havia contas por ajustar. João Mulungo “ajeitou” os seus rapazes, colocando, por exemplo, Baggio no banco e jogando com Nando como base, uma estratégia que até resultou.

Miguel Guambe e seus pupilos perderam o norte. Nilton Seifane tentou remar contra a maré, mas era muito alta para um só marinheiro inspirado. O jogo exterior do Ferroviário era muito forte. Hugo, Stélio e Chiquinho estavam com as mãos quentes.

As estatísticas provavam a superioridade do Ferroviário, que sempre esteve em vantagem. 18-13 no primeiro quarto e ao intervalo 44-35. Acertivo em quase todos os aspectos, o Ferroviário até se deu ao luxo de dar espaço para todos brilharem. Até porque há muito que se precisava de uma equipa equilibrada.

“Tinha dito noutra ocasião que precisamos de ter um bom banco. Neste jogo, rodámos a equipa e fomos felizes”, analisava o desempenho dos seus pupilos, o treinador do Ferroviário João Mulungo.

O resultado permitiu que os “Locomotivas que perderam a final do Nacional passado diante do mesmo Costa do Sol fizessem a desforra, vencendo por 88-73.

O facto foi destacado pelo treinador do Costa do Sol. “Temos de dar mérito ao Ferroviário. Esteve bem em quase todos os aspectos. Não nos encontrámos como equipa e cometemos muitos erros”, observou Miguel Guambe.

Quem também observou foi o presidente da Associação de Basquetebol na cidade de Maputo, Sérgio “Serginho” Hitié.

“Avaliamos a prova positivamente. Tivemos duas equipas competitivas e estamos satisfeitos com o que vimos durante a prova”, anotou Serginho, lançando já a próxima prova.

“Depois da Taça, teremos, nos próximos dias, o arranque do Campeonato da Cidade”, disse Sérgio Itié, presidente da Comissão de Gestão da Associação de Basquetebol da cidade de Maputo.

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