Pelo segundo ano consecutivo, o Ferroviário de Maputo está na final da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos.
Pela terceira vez na sua história como clube (2006, em Libreville, Gabão, 2016, em Maputo, e 2017, em Luanda, Angola), o Ferroviário de Maputo está na final do campeonato africano de clubes.
A terceira terá que ser de vez! O adversário da final? D'Agosto, adversário para o qual perdeu na final de 2006, em Libreville, Gabão.
Mas também, diga-se, um adversário que foi agridoce para Rute Muianga, Ingvild “Inga” Mucauro, Anabela Cossa e Odélia “Mafa” Mafanela que, em 2012, em representação da extinta Liga Desportiva, derrotaram na final realizada em Abidjan, Costa do Marfim.
Este sábado, no pavilhão multiusos do Kilamba, naquela a que Iñaki Garcia, treinador do Ferroviário de Maputo chamou de “guerra mundial”, assistiu-se a um jogo equilibradisssimo com a diferença sempre a situar-se entre os três e cinco pontos.
Pautando por um dispositivo defensivo homem a homem, com a base armadora Onélia Mutombene e a extremo Ana Suzana com a missao de defender a base Italee Lucas, as campeãs nacionais fizeram um parcial de 7-5 com cinco minutos por se jogar no terceiro quarto.
Mas o Interclube saiu do primeiro quarto a vencer por uma diferença de dois pontos: 14-12.
O segundo quarto foi, igualmente, equilibrado. O Ferroviário de Maputo mostrava-se forte nas tabelas, colectando ressaltos ofensivos e defensivos.
Com a base Italee Lucas “fora de cena” – contabilizou nove perdas de bola no jogo – o Interclube sentia imensas dificudades na armação, forçando o técnico Apolinário Paquete a optar por Merciana Fernandes, segunda base.
Ainda assim, o Interclube comandou a marcha do marcador ao intervalo, etapa na qual vencia por 32-29.
O terceiro quarto foi mais do mesmo. “Polícias” e “locomotivas” mantiveram a defesa homem a homem, mesmo ritmo de jogo e uma aproximação na marcha do marcador! O conjunto orientado por Apolinário Paquete entrou para o quarto e decisivo quarto com uma vantagem de cinco pontos: 49-45.
No quarto e derradeiro quarto, a agressividade defensiva do Ferroviário de Maputo aliada à clarividência ofensiva permitiram, nos momentos decisivos do jogo, ganhar uma vantagem de cinco pontos: 66-61.
Aqui, frise-se, uma perda de bola de Italee Lucas e um tiro exterior de Ana Suzana Jaime que deram o mote para uma vitória bem conseguida: 71-62.
Odélia Mafanela, com um duplo-duplo, ou seja, 19 pontos e 11 ressaltos, foi a melhor unidade do Ferroviário de Maputo.
Em termos globais, o Ferroviario de Maputo obteve uma percentagem de 65 porcento na linha de lançamentos livres (17 lançamentos convertidos em 26 tentados), 20 porcento na zona dos 6.75 metros (quatro lançamentos certeiros em 20 tentados), 36 ressaltos (12 ofensivos e 24 defensivos), 16 assistências e 27 perdas de bola.
Do lado do Interclube, houve registo de uma média de 35 porcento na zona dos 6.75 metros (seis lançamentos certeiros em 17 tentados), 72 porcento na linha de lançamentos livres (18 lançamentos convertidos em 25 tentados), 34 ressaltos (12 ofensivos e 24 defensivos), 16 assistências e 25 perdas de bola.