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FEMATRO defende subida do preço de transporte público no Grande Maputo

As autarquias de Maputo e Matola contam desta esta segunda-feira com 29 autocarros. A vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo, foi quem dirigiu a cerimónia de entrega de autocarros ao presidente do Conselho Municipal da Matola, Calisto Cossa, por sua vez, repassou ao Presidente da Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Castigo Nhamane.

Aos operadores, Manuela Rebelo recordou que devem tomar parte do processo de tornar sustentáveis estes meios, sendo que, por parte do Estado, já “prossegue a implementação de outras medidas que incluem a melhoria das vias de acesso, manutenção dos autocarros, intermodalidade, melhoria de gestão, entre outros”.

Rebelo diz, porém, que “a alocação de autocarros aos operadores públicos ou privados é apenas parte de um pacote de medidas”.

A governante explicou que a entrega aos operadores privados justifica-se pelo facto de o Governo reconhecer “a capacidade e valiosa experiência dos operadores privados no transporte público urbano, por isso queremos óptimos resultados operacionais e que devem ser traduzir na eficiência de operação e sustentabilidade desta operação”.

Mas para que tais “bons resultados” sejam alcançados, o sector privado diz que os preços devem ser agravados e aliás, já há acções a serem levadas.

Castigo Nhamane diz que a FEMATRO está a trabalhar com a Agência Metropolitana de Transporte para encontrar “uma tarifa que seja capaz de poder garantir que os operadores tenham capacidade financeira de manter a vida dos carros”.

E mais, o representante dos transportadores explica o seu posicionamento acrescentando que os transportadores devem ter a capacidade de comprar pneus dos carros, manutenção, o salário dos motoristas e cobradores. “Isso tudo conta para podermos ter um transporte condigno hoje e cada vez melhor”, referiu Nhamane.

Já era sem tempo!

Os transportes são um alívio para os residentes de Ndlavela, na Autarquia da Matola! É que estes tinham de fazer muitas contas antes de sair de casa para fora do seu bairro, principalmente quando fossem à Matola e Cidade de Maputo.

Gilda Ernesto é uma vendedeira de Xiquelene e residente de Ndlavela, esta conta que gasta grande parte dos seus lucros só nas deslocações, já que até ao seu mercado são necessários pelo menos três “chapas”.

Entretanto, são exercícios que poderão ficar para a história destes residentes, já que o Ministério dos Transportes e Comunicações alocou mais 14 autocarros para as rotas mais necessitadas daquela autarquia.

Ainda esta segunda-feira, a vice-ministra dos Transportes e Comunicações fez entrega de mais 15 autocarros para a Cidade de Maputo. Estes também deverão ser geridos por operadores privados.

 

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