Cinco dias depois da tragédia de Hulene, famílias que vivem nas redondezas da lixeira tentam reerguer-se. Entretanto, há quem não arreda pé porque tem no local a sua fonte de sobrevivência.
É o ressurgir após uma tragédia que tirou a vida a 16 pessoas e deitou abaixo dezenas de casas. Famílias nas imediações da lixeira do Hulene procuram entre os escombros seus pertences e tentam encontrar um lugar melhor.
Crianças, mulheres e homens circulam em charcos visivelmente contaminados, para se fazerem aos seus destinos.
Aida de 33 anos, colecta plástico na lixeira de Hulene, há três anos, para depois vender. Os preços variam de cinco a seis meticais por quilograma e tem um grupo de chineses como clientes.
Para estes, a tragédia da última segunda-feira deixou praticamente os populares que vivem na e da lixeira sem perspectivas de vida.
Entretanto, no centro de acolhimento, o número de famílias subiu de 122 para 155, nas últimas setenta, e duas horas. As famílias beneficiaram de apoio alimentar e hoje foram entregues kits de material escolar para alunos.
De quarta quarta-feira a sábado, mais 33 famílias juntaram-se ao centro de acomodação do Bairro Ferroviário.