A família das três crianças que morreram num acidente de viação no bairro da Zona Verde, no município da Matola, diz ter sido abandonada à própria sorte pela empresa proprietária do carro que causou o sinistro.
Em declarações ao “O País”, esta sexta-feira, José Gilberto, membro da família Pondja, disse que, contrariamente à promessa de arcar com os custos do funeral, a SENEL não prestou nenhum apoio.
Segundo a fonte, a empresa pediu “algumas facturas que comprovavam” ter-se feito “alguns gastos”. Entretanto, nem tudo que se fez para assegurar o funeral das vítimas tem comprativos documentais. “As facturas que nós temos são do hospital e cemitério, mas da comida não temos”.
Na sequência da falta de consenso em relação ao assunto em causa, os representantes da SENEL, que estiveram na casa da família enlutada, regressar na quarta-feira passada, o que não aconteceu. A advogada da família disse que já reuniu toda a informação que a empresa exigiu para iniciar com as compensações.
Por sua vez, a administradora da companhia, Maria dos Santos, rebateu as alegacões da família Pondja, dizendo que não houve abandono. Ainda está-se a tratar dos funerais de outras vítimas duas vítimas, das cinco que morreram no mesmo acidente de viação. “Não abandonamos a família, estamos no tratar dos funerais. Faltava um que é um militar. Vamos sentar para ver compensação das famílias”.
Relativamente ao estado clínico dos sobreviventes internados no Hospital Central de Maputo (HCM), continuam em observação, de acordo com a directora dos Serviços de Urgência da mesma unidade sanitária. Trata-se do motorista do carro que causou o desastre, afecto à SENEL. Ele sofreu a bexiga mas já foi submetido à cirurgia e está recuperar-se. A outra vítima, que entrou inconsciente nos cudados intensivos, está igualmente em acompanhamento médico.