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Falta de cimento condiciona construção de sanitários para prevenção da COVID-19 em Inhambane

Mais de metade dos 80 sanitários projectados pelo Governo para diferentes escolas da província de Inhambane, no âmbito da prevenção e do combate ao novo Coronavírus, ainda não passaram do papel à concretização. O empreiteiro justifica a demora nas obras com a alegada falta de cimento.

Além dos 80 sanitários, dos quais apenas 36 já foram concluídos, as autoridades esperam construir e reabilitar também 18 sistemas de abastecimento de água. Nenhum está concluído.

Segundo apurou “O País”, por causa da demora na execução das obras, a entrega das infra-estruturas foi prorrogada de Dezembro para Março próximo.

O representante da empresa encarregue pelas obras, Izidro Macie, explicou que a maior parte do material em uso é adquirido em Maputo e Sofala, por exemplo, e não está a ser possível responder à demanda, porquanto as mesmas províncias abastecem outras obras localmente.

De acordo com o entrevistado, são necessários 2.600 sacos de cimento por semana para o andamento das obras, mas o mercado em Inhambane só consegue fornecer até 600 unidades, num cenário em que há 96 obras simultâneas em 69 escolas.

Enquanto os projectos não são materializados, em várias escolas da província de Inhambane predominam casas de banho precárias, feitas com recurso a material local ou chapas de zinco.

Por alguns dias, Inhambane esteve livre da COVID-19. Mas de repente, foram diagnosticados mais surtos que desde essa altura a esta parte não abrandaram.

A actualização da informação sobre a COVID-19 no país, de terça-feira, aponta para 911 pessoas com infecções activas em Inhambane e oito mortos, num total de 3.034 indivíduos com doença, desde Março passado.

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