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FACIM arranca esta segunda-feira com 1500 empresas prontas para vender e fechar parcerias

Arranca esta segunda-feira em Ricatla, no distrito de Marracuene em Maputo, a 54ª edição da maior Feira Internacional de Maputo, FACIM. O evento junta milhares de expositores nacionais e internacionais que procuram vender e fechar parcerias.

O “O País” visitou o local da realização da FACIM, onde há menos de 24 horas para o arranque da maior Feira Internacional de Maputo, os expositores estiveram nos últimos acertos para o evento.

Uns estavam concentrados na montagem dos stand, outros na colocação dos baners e panos de ornamentação, e ainda alguns a fazer últimas ligações de energia eléctrica.
Há quem participa pela primeira vez, como é o caso de Mateus Marrengule, vindo da província de Inhambane.
“Não estive no passado porque ainda não tinha condições. Este ano o governo provincial achou que reunia condições e aqui estou. Trazemos produtos da pecuária. Temos criação de gado leiteiro, processamos o leite que tiramos das vacas e fazemos iogurte”, explicou Marrengule.

Principiantes ou não, todos estão na FACIM com o mesmo objectivo.
“Esperamos ter mais clientela. Temos novidades para esta edição. Trazemos carne de avestruz, temos búfalos aquáticos, carne que quase a maioria dos moçambicanos não conhece”, disse Lázaro Matsinhe, expositor vindo de Inhambane.

Por sua vez, Luís Camisola, que representa a província de Tete, disse esperar ser premiado nesta edição da FACIM.
“Achamos que vamos ter algum prémio pela nossa participação. Como sempre, quando participamos trazemos algumas novidades”, disse.

E no pavilhão internacional, a montagem parecia mais atrasada. Alguns stand estavam mesmos vazios. Entretanto, alguns investidores internacionais não quiseram perder tempo. “Estamos a 95 por cento já. Está quase tudo pronto. Faltam só pequenas coisas coisas como últimas limpezas”, explicou Francisco Nicolla, que estava no espaço das exposições italianas.
À Nicolla, no pavilhão internacional, juntou-se Alfredo Júnior, que apesar de estar numa empresa nacional, vende produtos da Alemanha. Júnior garantiu que está na Feira para vender, tendo admitido que a montagem do seu stand estava demorada, mas com razão para o facto: “Queremos pôr os produtos com o devido pormenor para a melhor montra do público visitante”, disse Alfredo Júnior.

E em meio a avanços e atrasos nos preparativos, o certo é que a partir das 08h00 desta segunda-feira, produtores, vendedores, importadores e exportadores estarão cada um a vender os seus bens e serviços, numa feira que junta expositores nacionais, africanos e de fora de África.

Ragendra preocupado com preparativos à última hora 

O ministro da Indústria e Comércio esteve, no início da tarde deste domingo, a visitar  o local onde acontece, a partir de amanhã , a 54ª edição da Feira Internacional de Maputo,  FACIM. Ragendra de Sousa viu e questionou o facto de se deixar os preparativos para a última hora.

“Estamos a poder ver que o comportamento geral dos nossos expositores é deixar tudo para a última hora. Estou a passar agora, mas não tenho como. Vou ter que passar mais tarde para medir, de facto, em que pé estamos”, lamentou o ministro.
Contudo, Ragendra já tinha a confirmação da chegada de alguns participantes da feira vindos de países africanos. “O grupo de empresários do Ruanda já se encontra em Moçambique para participar da Feira. O Botswana também cá está, o Quénia, igualmente”, referiu, dizendo que a expectativa é que “esta Feira  seja, de facto, uma Feira de promoção de negócios”.
O governante assegurou que quase todos países da África Austral estarão presentes na Feira Internacional de Maputo. Aliás, do lado de fora dos pavilhões estavam visíveis bandeiras não só de países africanos, como também do Brasil, da Turquia, de Portugal, entre outros países.

O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, é que vai fazer a abertura da Feira esta segunda-feira, que dura até 2 de Setembro.

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