Abriu ontem a 53ª edição da Feira Internacional de Maputo. Mais de 1 940 empresas nacionais e provenientes de 26 países participam na presente edição, inaugurada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
Passava das 09h00 da manhã quando o Chefe de Estado chegou à maior feira de negócios e foi recebido pelo governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, e por membros do governo. Depois de cortar a fita, acto que simbolizou a abertura oficial da Feira Internacional de Maputo, foi saudado por um grupo de alunos das escolas circunvizinhas à feira.
A seguir, o Chefe de Estado percorreu os pavilhões que compõem a FACIM. Escalou, primeiro, o Pavilhão Moçambique, onde todas as províncias do país expõem as suas riquezas, desde a produção agrícola, recursos minerais, produções artísticas, inovações, entre outras.
Depois foi ao pavilhão Matchedje, onde estão expostas empresas estrangeiras, maior parte das quais vieram a Moçambique procurar oportunidades de negócios nesta feira. De seguida escalou o pavilhão exclusivo das micro, pequenas e médias empresas. Visitou, igualmente, o pavilhão da agricultura e a exposição de pecuária e piscicultura.
A cerimónia de abertura viria a terminar com a premiação das Pequenas e Médias Empresas que se destacaram entre 2016 a 2017, em termos de exportações, nos sectores de pesca, agricultura, minas e produtos manufacturados. Mas também foram premiados os maiores investidores nos sectores de agricultura, energia, infra-estruturas, serviços, turismo e indústria.
E porque nesta feira participam pela primeira vez empresas da República da Bielorússia, o Presidente da República deixou uma palavra de apreço às mesmas, mas também às provenientes de outros países. “a vossa presença representa para nós uma ocasião singular para o reforço, promoção e aprofundamento das relações entre os povos de Moçambique e dos vossos países, num exercício para nós exaltante e de fortalecimento das nossas economias. Saudamos de forma particular a República da Bielorússia, que se junta a nós pela primeira vez. sejam bem-vindos a esta terra”, disse Filipe Nyusi.
Aos expositores estrangeiros e nacionais, Filipe Nyusi deixou garantias sobre os esforços do governo para melhorar continuamente o ambiente de negócios no país, através da adopção de medidas que tornem fácil a realização de negócios e investimentos em Moçambique.
Ocasiões como FACIM são para o governo impulsionar a produção e produtividade, bem como melhorar a competitividade em todos os sectores prioritários, nomeadamente, agricultura, energia, infra-estruturas e turismo. “No âmbito da diversificação da economia, o nosso compromisso inclui, ainda, a promoção da industrialização, orientada para a modernização da nossa economia, aumento das exportações, bem como a cadeia de valor dos produtos primários nacionais, assegurando a integração do conteúdo local”, referiu.
Filipe Nyusi reiterou o apoio do governo às Pequenas e Médias Empresas como motor de desenvolvimento da economia nacional, razão pela qual as premiações deste ano foram destinadas a este segmento de empresas.
A criação de um pavilhão exclusivo para as PME nacionais na FACIM é outro indicativo de que o governo quer garantir que elas tenham um papel cada vez mais preponderante na economia nacional.
Aposta na produção
O Chefe de Estado convidou os investidores e expositores internacionais a apostarem em Moçambique, uma vez que o país é beneficiário de várias iniciativas internacionais que visam o apoio às economias dos países emergentes, como é o caso da iniciativa norte-americana AGOA, que permite a exportação para os Estados Unidos da América de produtos nacionais livres de taxas aduaneiras. O protocolo de livre comércio e circulação de pessoas e bens na região da África Austral é outra oportunidade, além de acordos comerciais com a União Europeia, no âmbito dos países de África, Caraíbas e Pacífico.
A localização geográfica, que coloca Moçambique como porta de entrada para a SADC, e o facto de ser detentor de portos, caminhos-de-ferro e estradas que dão acesso facilitado ao mar a muitos países da região Austral de África, como África do Sul, Suazilândia, Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, constituem uma oportunidade para quem investe em Moçambique. O Chefe de Estado falou do projecto de estrada que vai ligar Moçambique e Tanzânia, através da Ponte da Unidade, no rio Rovuma, bem como do uso em pleno do Corredor de Nacala pelo Malawi como exemplos práticos da utilidade de Moçambique na facilitação de negócios na região. A Feira Internacional de Maputo, que se realiza há 53 anos, decorre durante sete dias. Com a edição deste ano, é a sétima vez que decorre em Ricatla, no distrito de Marracuene.