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Explosão numa fábrica chinesa fere sete pessoas na Matola

Foto: O País

Sete pessoas ficaram feridas na sequência de uma explosão numa fábrica chinesa de produção de ferro de construção, no município da Matola. Além da empresa, há danos materiais nas casas arredores.

Um estrondo assustador agitou os moradores do bairro Matola “A”, na província de Maputo.

Era uma explosão proveniente desta fábrica chinesa de produção de ferros de construção.

Não se sabe ao certo o que terá originado a explosão, mas a “O País” apurou que a mesma vem de uma área de fundição de sucatas para a produção de varões.

“De repente, escutei um barulho em cima da casa. Parecia que alguém lançou pedrinhas e tudo ficou escuro. Do nada, vi o escuro e quando me aproximo e tudo estava destruído. Os chineses, donos da fábrica, não dão informação precisa das vítimas, mas temos amigos e familiares que trabalham nesta empresa”, contou Geraldo Agostinho, morador do bairro Matola “A”, onde se localiza a fábrica.

O estrondo foi tão forte, que os impactos foram até sentidos por quem vive nos arredores da fábrica. Houve quatro feridos ligeiros, entre eles Cândida Paulo. “Quando houve explosão, o fogo que vinha de lá atingiu-me e caí e queimou-me nas costas”, narrou Cândida Paulo, apontando o local onde sofreu queimadura.

Logo depois do ocorrido, o filho é que a socorreu para o Centro de Saúde mais próximo. “Meu filho estava na casa de banho e saiu para socorrer-me. Ele também não sabia o que estava a acontecer na fábrica. Apoiei-me nele e levou-me ao hospital”, detalhou uma das vítimas.

Um jovem doente, de cama na sua casa, também, uma das vítimas da explosão. “Eu estava dentro de casa com o meu irmão, que foi atingido por um estilhaço na cabeça e tive que retirá-lo para uma outra residência. Ele está incomodado. Está doente. Então, estava a descansar no momento em que isto aconteceu”, explicou Nelson Raimundo, morador do bairro Matola “A”.

E tudo isso que aconteceu, atingiu as casas nos arredores da fábrica.

Vidros de janelas ficaram quebrados, cobertura afectada e, até barrotes, sofreram com os impactos do estrondo.

“Tentei ver como é que estava a casa e só os vidros é que sofreram. A minha palhota, também sofreu. As chapas e uma parte da parede caíram”, constatou Cláudio Mazivite, morador do bairro Matola “A”, secundado por Isabel Fernando: “Eu não sei bem o que aconteceu. De repente explodiu aquilo e eu estava lá dentro. Não prestei atenção porque tinha medo e saí a correr. Quando voltei, vi que todas as janelas estão partidas”.

Além de janelas partidas, a explosão provocou um curto-circuito, que danificou eletrodomésticos. “Nós estávamos aqui e com a televisão ligada. Tudo estava a funcionar. Então, quando houve a explosão, a TV já não tirava imagem e as tomadas já não transportam corrente”, lamentou Raimundo Titos, morador do bairro Matola “A”.

E ele não foi o único que perdeu os seus bens. “Todo o material sonoro foi embora. Fiquei apenas com a TV. Com o estrondo, tudo parou de funcionar”, revelou Erasmo Cuco, residente do bairro Matola “A”.

Os representantes da fábrica chinesa não quiseram falar à imprensa sobre o assunto, mas “O País” sabe que há três trabalhadores feridos gravemente. Equipas da saúde, agentes da PRM e uma brigada do SERNIC estiveram no local da explosão.

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