Mais de 100 pessoas morreram e mais de 4.000 ficaram feridas na sequência de duas explosões sucessivas de grande dimensão, na capital do Líbano, em Beirute, durante a tarde desta terça-feira. Os números das vítimas mortais estão em constante actualização são avançados pela Reuters que cita o ministro da Saúde libanês às 23h.
“Até agora, mais de 4.000 pessoas ficaram feridas e mais de 100 morreram. As nossas equipas continuam as operações de busca e salvamento nas áreas circundantes”, informou a Cruz Vermelha libanesa, num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O Governo português disse na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas, disse à Lusa a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes.
As explosões ocorreram na zona portuária da cidade e há indicação de que há quase quatro mil feridos. “Há muitos desaparecidos até agora. As pessoas estão a perguntar às autoridades de emergência pelos seus familiares e é difícil fazer buscas à noite porque não há electricidade”, disse o ministro da saúde libanês.
Um responsável da Cruz Vermelha do Líbano conta que centenas de pessoas feridas estão a ser levadas para os hospitais. Outros continuam presos nas suas casas, devido aos escombros.
As fortes explosões partiram janelas a quilómetros de distância. As autoridades já confirmaram, que a explosão ocorreu numa área onde estava armazenado fogo-de-artifício e material explosivo que tinha sido confiscado há seis anos.
O presidente libanês reagiu, citado pela Aljazeera, considerando ser “inaceitável” que aquela quantidade de explosivos estivesse guardada num armazém sem quaisquer medidas de segurança e garantiu que os responsáveis iriam enfrentar “consequências duras”.
O Líbano atravessa a sua pior crise económica das últimas décadas, marcada por uma forte depreciação monetárias, hiperinflação, desemprego elevado e restrições bancárias, que têm alimentado tensões sociais.