A exploração desenfreada de recursos no Parque Nacional de Zinave está a colocar espécies florestais à beira do desaparecimento, alertam os gestores das áreas de conservação da província de Inhambane.
Durante um encontro com o Procurador-Geral da República, os responsáveis denunciaram a morosidade processual que inviabiliza a responsabilização dos infratores, mesmo após operações e detenções. Quase nenhum caso chega a julgamento, comprometendo os esforços de preservação.
O caso mais preocupante foi reportado pelo Parque Nacional de Bazaruto, a maior reserva marinha do país, que admite não ter controlo efetivo sobre quem entra ou sai da sua área insular.
No Parque Nacional de Zinave, localizado no distrito de Mabote, a extração de madeira ocorre de forma descontrolada, atingindo níveis alarmantes que ameaçam a sobrevivência de certas espécies.
O Procurador-Geral afirmou que o encontro teve como objetivo compreender o funcionamento e as dificuldades enfrentadas pelas áreas de conservação.
A província de Inhambane conta com três áreas protegidas de relevância estratégica: o Parque Nacional de Zinave, o Parque Nacional de Bazaruto, que abrange os distritos de Inhassoro e Vilankulo, e a Reserva Nacional de Pomene, situada em Massinga.