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Exploração ilegal de areia em Inhambane

Exploração ilegal de areia num furo de gás coloca em risco centenas de famílias em Govuro

Trata-se de um furo aberto em 1965 para pesquisa de gás, localizado no distrito de Govuro, denominado Pande 4, porém o furo registou uma erupção que originou uma explosão. O fogo manteve-se acesso por 3 meses e só foi controlado com recurso a Betão usado para selar completamente.

Em 2014, a fuga de gás voltou a se registar em Pande 4, num dos 5 furos adjacentes, abertos para controlar a pressão no furo principal, que foi controlada imediatamente.

Em 2015, a senhora Adalmira Saveca começou a explorar areia no local, actividade que só foi interdita em 2018. Apesar da ordem para parar, a mesma continuou a explorar, ignorando todos os perigos “eu entro aqui, não passam 2 dias sem eu entrar aqui com minha máquina para tirar areia” disse a senhora Adalmira, enquanto interagia com uma equipe do Ministério dos Recursos Minerais e Energia. Aliás, a senhora disse que usa areia para a obra que tem na sua casa, mas negou que o faz para venda.

Além da interdição foi aplicada a senhora uma multa de 185 mil meticais. Todas ordens das autoridade foram ignoradas. O inspector geral do Ministério dos Recursos Minerais e Energias Obete Luís disse ao “O Pais” que a senhora que faz a exploração da área é detentora de uma licença mineira que não abrange aquela zona, mas sim, a 14km do furo, o que significa que a exploração ali é ilegal.

Em 2018 as autoridades ordenaram a paralisação das actividades de exploração de areia, mas no local notou-se que não houve a cessação de actividades e nem se fez o pagamento da multa, “o que nós vamos fazer é manter a suspensão e emissão de uma outra muita”, acrescentou Obete Luís.

O director de fiscalização no Instituto Nacional de Petróleo Rosário Bangalane, explica que se nada for feito, o pior pode acontecer, uma vez que a explosão ocorrida em 1965 criou fissuras no solo por onde o gás natural circula e com o movimento de camiões, bem como a extracção de areia, vidas estão em perigo.

O inspector geral do Ministério dos Recursos Minerais e Energia diz que as autoridades não vão recuar da decisão e se necessário, vai se usar a força para manter a segurança do local.

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