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Exames de admissão à UEM arrancam com “repúdio” ao modelo integrado

Foto: O País

Arrancaram, ontem, os exames de admissão à Universidade Eduardo Mondlane. Há estudantes que dizem que o modelo integrado dos exames chega a ser penoso em algumas disciplinas. Os candidatos dizem que o tempo estipulado para os dois exames é curto.

Em média, 25 estudantes concorrem a uma vaga nos diversos cursos da mais antiga universidade do país. “Concorrer na Universidade Eduardo Mondlane significa ir a maior universidade do país, e eu penso que, no término do curso, poderei ter uma boa classificação e também engrenar há uma boa instituição, ou seja, a um bom emprego”, disse o candidato a um dos cursos da UEM, Abnério Américo.

“Também a UEM é uma universidade pública e, por ser pública, a pessoa não tem de pagar para estudar e isto traz vantagens para poder estudar a custo zero”, acrescentou Albertina Macamo.

Um sonho cuja realização passa pelo exame de admissão. Adzira Cruz chegou seis horas antes do exame de admissão, concorre a dois cursos e vai fazer quatro exames. Esta terça-feira fez exames de Português e História.

“Ainda não sabia onde era a sala, não conhecia o departamento e não queria correr o risco de ficar perdida antes do exame, preferi chegar cedo”, disse a candidata Adzira Cruz.

À semelhança há outros estudantes que também preferiram chegar cedo. “Era mais para conhecer a sala, este é o real motivo pelo qual cheguei cedo”, disse Nguaze Carangueira.

E até há quem teve tempo para a última revisão da matéria, como Adelina Victor: “De momento estou a fazer uma breve revisão da matéria que eu vinha preparando”.

Um dos factores que atrapalham alguns candidatos, como eles próprios dizem, é o modelo integrado criado em 2021. De lá para cá, dois exames são feitos durante três horas de tempo, sem intervalo, ou seja, uma hora e meia por cada. Aqui, gerir o tempo é fundamental, mas há quem se sente lesado.

“Só atrapalhou um pouco no momento em que faltavam uns cinco minutos para terminar o exame e adicionaram. Eu já havia passado a caneta aleatoriamente e tinha um tempo adicional que poderia ter continuado a resolver, dividir o tempo de desenho, precisa de mais tempo, no mínimo, duas horas só para desenho e ter Matemática à parte. Fazer os dois ao mesmo tempo é complicado”, lamentou Gleybes Cristina.

“É uma disciplina que exige mais tempo em relação à Matemática, mas deram mais 30 minutos, então deu para terminar aquilo que não ia conseguir terminar no tempo normal”, referiu Shentel Taila.

Já outros dizem que, apesar das dificuldades, permanece uma única expectativa: “sempre  é positiva no sentido de poder ser admitido”, disse Tárcia Uamusse.

“Espero passar, espero mesmo porque, no ano passado, foi muito renhido, não deu para concluir os estudos de forma correcta e de forma explícita”, afirmou Melanye Tembe.

“Espero ser admitido, entrar para esta faculdade”, acrescentou, expectante, Suely Gove.

Os exames de admissão decorrem até o dia 13 de Janeiro.

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