Seis meses depois de o ex-presidente do Peru, Martin Vizcarra, beneficiar-se da vacinação antecipada, que originou um escândalo político, testou positivo para o novo Coronavírus.
“Apesar dos cuidados necessários para evitar trazer o vírus para casa, a minha esposa e eu tivemos resultado positivo para a COVID-19 e somos sintomáticos. A minha família está a tomar as medidas de isolamento necessárias. Não vamos baixar a guarda”, lê-se numa publicação partilhada na conta oficial de Martin Vizcarra, na rede social Twitter, citada por Notícias ao Minuto.
O contágio ocorreu na semana em que o ex-presidente foi proibido, pelo Congresso, de exercer cargos políticos, por ter sido vacinado indevidamente em Outubro com doses da Sinopharm.
Martin Vizcarra não poderá, por isso, ocupar o lugar de deputado, cargo para o qual foi, recentemente eleito.
Em Fevereiro, o mundo ficou a saber do envolvimento do ex-presidente do Peru, num escândalo de vacinação secreta contra a COVID-19, em que participou um grupo de 470 pessoas. Baptizado ‘Vacinagate’ e tendo ocorrido antes do arranque oficial da campanha, o escândalo culminou com a demissão das ministras da Saúde, Pilar Mazzettu, e dos Negócios Estrangeiros, Elizabeth Astete.