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EUA tenciona isolar a Rússia nas Nações Unidas

A embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, afirmou esta quarta-feira que o Governo de Joe Biden procura isolar a Rússia na organização.

Em entrevista à Bloomberg, citada pelo Observador, a diplomata reconheceu o desafio inerente ao facto de a Rússia ser um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, o que lhe confere poder de veto, mecanismo que tem sido usado por Moscovo para impedir que o Conselho atue contra si face à guerra na Ucrânia.

Thomas-Greenfield expressou frustração com o facto de o poder de veto ser usado pela Rússia e pela China para bloquear soluções para o conflito na Ucrânia e contra o desenvolvimento de armas nucleares pela Coreia do Norte.

“Ainda temos áreas onde não conseguimos trabalhar juntos. Claramente, a Ucrânia é uma dessas áreas e a Coreia do Norte é outra. Ao longo do ano passado, a China e a Rússia bloquearam os esforços do Conselho de Segurança para responsabilizar a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte)”, disse a diplomata à Bloomberg.

A embaixadora abordou ainda a atuação do Grupo Wagner na Ucrânia e no continente africano, afirmando que os Estados Unidos procuram novas formas de conter o impacto deste grupo paramilitar privado, a combater ao lado das forças russas em território ucraniano e noutros países.

“O que a Wagner está a fazer em África é inaceitável”, disse Thomas-Greenfield, acrescentando que apesar de os Estados Unidos entenderem que alguns países africanos “têm problemas de segurança que precisam de ser resolvidos”, acredita que o grupo Wagner “não é a entidade que pode fazer isso por eles”.

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