Os Estados Unidos da América poderão sancionar alguns líderes do ANC, na África do Sul, por supostamente colocar em risco os interesses norte-americanos ao manter relações estreitas com a Rússia e a China. Pretória já reagiu afirmando que resultam de propaganda nefasta liderada por organizações de extrema direita.
O projecto de lei que acusa a África do Sul de colocar em causa os interesses norte-americanos ao manter relações estreitas com a Rússia e a China foi aprovado na terça-feira.
Igualmente, Pretória é acusada de apoiar o grupo Hamas, que está em conflito com Israel na Faixa Gaza.
A lei prevê a revisão das relações bilaterais entre os Estados Unidos da América e África do Sul, imposição de sanções a alguns dirigentes do ANC, partido no poder na terra do rand, apesar de ainda não terem sido revelados os nomes.
Na perspectiva de Donald Trump, trata-se de pessoas que estão envolvidas em processos de corrupção e violação dos direitos humanos naquele país.
Reagindo esta quarta-feira, a porta-voz do ANC aponta que as sanções propostas são produto de propaganda, nefasta liderada por organizações de extrema direita, tanto na África do Sul quanto nos Estados Unidos da América.
Porta-voz do ANC, Malhengi Bengu-Motsiri
“Queremos que os que estão ao lado da justiça, ao lado da paz e da amizade, sejam informados das reais intenções desta iniciativa legislativa norte-americana. Portanto, continuaremos com o trabalho que temos que fazer. Continuaremos a usar o que fizemos e nos permitiu derrubar o governo do apartheid, que é mobilizar a comunidade internacional para expor tudo isso que está sendo feito contra a África do Sul, que serve para punir as posições que assumimos em relação à questão de Israel e Palestina; ao genocídio na Palestina”, disse a porta-voz do partido.
O partido sul-africano afirma que tudo vai fazer para salvaguarda da sua honra.