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EUA apreendem avião presidencial de Nicolás Maduro

A justiça norte-americana apreendeu um avião utilizado pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Segundo a imprensa internacional, o jato foi adquirido ilegalmente através de uma empresa de fachada, e contrabandeado para fora dos Estados Unidos, o que supostamente viola as sanções e as leis de controle das exportações.

As autoridades americanas afirmam que os associados do líder venezuelano utilizaram uma empresa de fachada sediada nas Caraíbas para ocultar o seu envolvimento na compra do avião, avaliado, na altura, em 13 milhões de dólares, a uma empresa da Flórida.

O avião foi exportado dos EUA para a Venezuela, através das Caraíbas, em Abril de 2023, numa transação destinada a contornar uma ordem executiva que proíbe as pessoas dos EUA de efetuarem transações comerciais com o regime de Maduro.

Várias agências federais estiveram envolvidas na apreensão, incluindo Investigações de Segurança Interna e Agentes de Comércio. 

No início deste ano, os Estados Unidos impuseram sanções ao sector do petróleo e do gás da Venezuela, em resposta ao fracasso do governo de Maduro em permitir a realização de eleições inclusivas e competitivas.

Após a polémica reeleição de Maduro, em 28 de julho, a Venezuela suspendeu os voos comerciais para a República Dominicana.

Em março de 2020, o Departamento de Justiça dos EUA acusou Maduro, juntamente com 14 actuais e antigos funcionários venezuelanos, de narcoterrorismo, tráfico de drogas e corrupção, tendo oferecido uma recompensa de até 15 milhões de dólares por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.

O Uruguai decidiu, na segunda-feira, juntar-se aos seis países que pediram ao Tribunal Penal Internacional  para investigar a alegada responsabilidade do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em crimes contra a humanidade.

A denúncia foi feita em 2018 pela Argentina, Canadá, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru.

A ONU disse ontem, em comunicado, que o país vive um clima de medo, pois muitas pessoas estão a ser detidas, acusadas de incitamento ao ódio, ao abrigo da legislação antiterrorista.

Enquanto isso na Venezuela, a Procuradoria-Geral solicitou, segunda-feira, a emissão de um mandado de captura para o líder da oposição Edmundo Gonzalez, depois deste não ter respondido a três convocatórias para testemunhar sobre um site da oposição que publicou resultados detalhados das disputadas eleições presidenciais do país.

O site está a ser investigado por usurpar a função da autoridade eleitoral, que diz que o Presidente Nicolás Maduro ganhou o escrutínio de 28 de julho, mas até agora não publicou as actas com os resultados detalhados.

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