A nova estátua de Eduardo Mondlane, na Cidade de Maputo, alvo de contestação desde a sua inauguração, a 25 de Setembro, vai passar por uma avaliação técnica para determinar se houve ou não erros durante a sua produção.
O anúncio foi feito pela ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, na manhã desta quinta-feira, durante uma conferência de imprensa, concedida por conta da pressão social, que tem sido feita para a remoção da estátua ou correcção dos erros.
Segundo a ministra “o processo de avaliação consistirá em determinar o que está errado a nível técnico, no que diz respeito às proporções sejam elas da cabeça, braços e pernas ou qualquer outro elemento da estátua”.
Se for provado que houve erros, poderá ser feita a reparação ou remoção da escultura, mas também, dependendo da comissão técnica, será decidido se há espaço para responsabilização.
Não se sabe como será composta a equipa, nem o tempo que o processo levará e muito menos quanto irá custar. O certo é que farão parte dos técnicos, além de moçambicanos, especialistas estrangeiros.
A obra, segundo Materula, custou 22 milhões de Meticais, teve acompanhamento de representantes da família Mondlane, combatentes da Luta de Libertação Nacional, artistas plásticos e quadros do Ministério da Cultura e Turismo.
A governante garante que as partes fizeram a avaliação e devida aprovação e seguiram-se os passos seguintes até à colocação da estátua naquele local.
A estátua foi produzida pela empresa Arte D´gema. O artista plástico Pompilio Gemuce, o mesmo que produziu a estátua de Filipe Samuel Magaia, instalada na Junta, ainda na Cidade de Maputo, reconhece haver alguns erros.
“Não digo que não haja erros, mas penso que o alvoroço que se levantou não justifica os erros que lá estão. Por isso, a comissão técnica que o ministério propõe (…) vai avaliar se valeu a pena ou não”, disse Gemuce.
A produção da estátua iniciou-se no país, mas foi concluída na China.