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“Estamos a ser agredidos e temos que nos defender”, Luís Bernardo Honwana 

O escritor moçambicano, Luís Bernardo Honwana, defende que Moçambique deve aceitar o apoio externo para combater os ataques terroristas que assolam a província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, tendo, o último, ocorrido a 24 de Março, no distrito de Palma.

Segundo o escritor “estamos a ser agredidos e temos que nos defender, temos que expulsar os atacantes e refazer a nossa vida” e, para ele, essa defesa deve ser uma acção conjunta com as forças externas, tal como aconteceu com outros países, que, para vencerem este tipo de ataques, tiveram ajuda. Por isso, questiona, “por que será diferente em Moçambique?”.

Para a fonte, o país deve ser o primeiro a defender-se, mas “de modo nenhum devemos recusar o apoio de todos aqueles que acham e sabem que este tipo de ataques deve ser respondido e por todos aqueles que se sentem ultrajados por este tipo de acontecimento, e acho que é toda a comunidade internacional que está nesse sentimento”.

Segundo o autor de “Nós matamos o cão Tinhoso”, Moçambique não tem capacidade de combater o terrorismo sozinho, pois são necessários meios e o país não dispõe de equipamento tecnológico e outro necessário para o combate ao terrorismo.

O escritor defende ainda que não falta valentia aos nossos soldados, não falta espírito de sacrifício ao nosso povo e não falta vontade para defender a pátria, mas, ainda assim, não se pode recusar “aquilo que é fundamental, deixemos de ver este espectáculo quotidiano de gente degolada, de violações e das coisas mais horríveis que se possam imaginar”, sublinhou.

Luís Bernardo Honwana defende urgência no combate ao terrorismo, pois é algo que, mais uma vez, vem adiar o processo do nosso desenvolvimento, paz e progresso.

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