A Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, pediu, recentemente, apoio à candidatura de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o mandato de 2023/2024, cujas eleições se realizam em Junho.
Falando na nona sessão do Parlamento Internacional para a Tolerância e Paz e Conferência sobre a Tolerância e Coexistência, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, Bias solicitou aos deputados presentes no encontro que usem da sua influência para que a candidatura de Moçambique triunfe.
Uma vez no órgão, a líder do Parlamento moçambicano disse que o país vai contribuir para a paz e segurança no mundo, valendo-se da sua experiência na matéria.
“Moçambique espera contribuir no Conselho de Segurança com a sua experiência na promoção da paz e segurança internacionais, assim como em matérias candentes da agenda global”, prometeu Esperança Bias.
Na ocasião, a parlamentar defendeu que todos devem contribuir para a paz, educando o cidadão e a sociedade.
O PAÍS ESTÁ À ALTURA DE SER MEMBRO DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU, DEFENDE ANA RITA SITHOLE
A deputada da Assembleia da República, Ana Rita Sithole, diz que Moçambique está à altura de ser membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o órgão ao qual o país concorre para um lugar não permanente para o biénio 2023-2024.
Sithole justifica a sua posição com a experiência que o país acumulou na gestão de conflitos que foram surgindo desde a sua independência, como também pela sua participação na pacificação de outros países, incluindo na independência de nações.
“Depois da independência, tínhamos a missão de reconstruir Moçambique, mas também tínhamos a de ajudar os povos irmãos da África do Sul, Zimbabwe e Namíbia por causa do regime do apartheid. No Conselho de Segurança da ONU, porque é um fórum que lida com matérias de paz, podemos dar um pouco da nossa experiência – a reconciliação entre os homens, a pacificação dos países para poderem desenvolver as respectivas economias”, apontou Sithole.
A deputada também fez menção à questão democrática, referindo-se, por exemplo, ao facto de, regularmente, o país realizar eleições gerais em intervalos de cinco amos. A deputada afirma ser este um exemplo a partilhar com o mundo.
“Primeiro, decidimos como queremos gerir e, depois, solicitámos apoio internacional, fazendo parte do concerto das nações, fazendo parte de vários organismos, entre eles a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), fazendo parte da União Africana (UA), e nunca pusemos em causa os valores mais importantes da nossa soberania, a unidade nacional e a paz”, comentou.
Considerando estes e outros aspectos, Ana Rita Sithole afirma que a experiência moçambicana na gestão de conflitos será bem-vinda e útil no Conselho de Segurança da ONU, porque “todos vão olhar para nós e vão dizer: apesar de tantas adversidades, este país está de pé”.
“Vale a pena Moçambique estar nesse órgão”, conclui a deputada.