A Espanha propõe uso de sistema de vigilância de epidemias de gripe sazonal para gestão da pandemia da COVID-19 no país. De acordo com as autoridades da Saúde, com a vacinação massiva e a redução dos casos da nova variante, Ómicron, saía-se de uma gestão de pandemia para endemia.
Por seu turno, Organização Mundial da Saúde alertou ontem que mesmo que a pandemia da COVID-19 se transforme numa endemia não significa que a doença e o vírus deixarão de ser perigosos. A instituição insiste na necessidade de massificar a vacinação.
Países como a Espanha já expressaram, publicamente, a sua intenção de assumir a COVID-19 como uma endemia e não mais uma pandemia, justificando que a doença não vai acabar tão já, daí a necessidade de conviver com ela.
Intervindo, esta terça-feira, no Fórum Económico Mundial, o chefe de operações de emergência da Organização Mundial da Saúde, Maichael Ryan, disse que é preciso considerar que a COVID-19 continuará perigosa, mesmo que ela se transforme numa endemia.
Michael Ryan afirmou, por exemplo, que a malaria é a prova de que uma endemia não deixa de ter consequências graves, apontando para milhares de mortes que esta doença causa em várias regiões do mundo.
Michael Ryan frisou que a vacinação contra a COVID-19 continua a ser a melhor forma de combater a doença e este é o caminho que o mundo deve seguir.
“O que precisamos de fazer é chegar a baixos níveis de incidência da doença com a vacinação da população, para que ninguém tenha de morrer. É esse o fim da emergência de saúde, na minha opinião”, exortou.
O director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, pediu ao mundo para que intensifique as medidas de prevenção da doença, para reduzir o risco de infecção e ajudar a aliviar a pressão aos sistemas de saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, foram reportados, na semana passada, mais de 18 milhões de novos casos de infecções no mundo, atribuídas à variante Ómicron.