A erupção do vulcão Nyiragongo, no sábado, na República Democrática do Congo fez pelo menos 15 mortos, com as autoridades a manterem o estado de alerta devido aos tremores de terra que ainda continuam.
“O perigo é permanente, as nossas esquipas estão a sensibilizar a população através da rádio para que permaneça vigilante”, disse à agência Efe o director científico do Observatório Vulcânico de Goma, Celestin Kasereka Mahinda.
De acordo com o Notícias ao Minuto, a terra continua a tremer, e muitos habitantes tentaram voltar às suas casas destruídas, expondo-se aos gases tóxicos apesar dos alertas das autoridades.
O vulcão Nyiragongo, um dos mais ativos do mundo, entrou em erupção no sábado, levando milhares de pessoas a fugirem da cidade durante a noite, carregando pertences e gado e dirigindo-se para a cidade de Sake ou para a fronteira com o Ruanda, tendo esta última sido atravessada por pelo menos 8.000 pessoas, segundo dados oficiais do Ministério de Gestão de Emergências congolês.
Ainda que a lava não tenha atingido a cidade, centenas de casas na sua periferia foram destruídas ou reduzidas a cinzas, segundo as autoridades provinciais.
Localizada na província de Kivu do Norte, que também faz fronteira com o Uganda, a região de Goma é uma zona de intensa actividade vulcânica localizada no vale do Rift, com seis vulcões, incluindo os vizinhos Nyiragongo e Nyamuragira, que se elevam a 3.470 e 3.058 metros, respetivamente.
A última erupção do Nyiragongo, em 2002, levou milhares a abandonarem as suas casas e provocou centenas de mortos.