A Escola Primária Completa Unidade 24, no distrito municipal Ka-Maxaquene, continua encerrada há, sensivelmente, quatro anos e a Direcção de Educação da Cidade de Maputo diz não ter, ainda, fundos para a reconstrução da infra-estrutura.
O elevado nível de lençol freático foi o que levou as autoridades de educação a fecharem as portas da Unidade 24 no bairro da Maxaquene-A. Desde 2017, a escola está feita uma ruína e tornou-se lugar de diversão para alguns e para outros simplesmente um abrigo.
Pais e encarregados de educação queixam-se de prejuízos pela demora na reconstrução da escola, pois fazia com que os seus filhos estudasse próximo às suas residências.
“Tenho três crianças e, se a escola estivesse pronta, estariam todas a estudar próximo à casa. Elas chegam a correr o risco de acidentes na hora de atravessar a estrada para chegar a outra escola distante daqui”, disse Pedro Moniz, encarregado de educação.
A situação inquieta, ainda, à Elizabeth Langa, irmã do Salvador Langa de sete anos de idade, que tem que acompanhar o menino todos os dias para a escola e evitar que corre risco de acidentes de viação.
Segundo Samuel Buque, Porta-voz da Direcção de Educação e Desenvolvimento Humano da cidade de Maputo, o sector tem um plano de reconstrução da infraestrutura.
“Nós temos um projecto de reconstrução da escola e o mesmo compreende duas vertentes. A primeira consiste em construir na horizontal e outra possibilidade é erguer infraestruturas na vertical”, disse Samuel Buque.
Para a execução do plano, são precisos valores entre 42 e 78 milhões de meticais que o sector não tem. Com o encerramento da escola, em 2017, cerca de 1.729 alunos e 30 professores foram reintegradas nas escolas mais próximas.