O Estado deve ao sector privado cerca de 29 biliões de meticais, grande parte desse valor é absorvido pelas empresas do ramo de construção civil, que no momento suspiram de alívio, porque há promessa de pagamento de 17% do montante, até finais deste ano.
O Governo anunciou em Outubro passado, o início de pagamentos em atrasos da dívida com o sector privado relacionada com o fornecimento de bens e serviços. Na altura, o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, fez saber que o maior stock da dívida era com empresas de construção civil, cuja sua maioria se encontra em situação de falência iminente.
Em exclusivo a nossa reportagem, a Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME) confirmou o pagamento das dívidas.
"Já há bons sinais. As empresas de construção civil já começaram a receber os valores da parte da dívida. Isso está a dar um novo fôlego ao sector", disse Bento Machaila, vice-presidente da FME.
Acrescentando, que apesar desses pagamentos, debatem-se com outras questões de tesouraria no seio da agremiação, ou seja, falta de pagamento de cotas por parte de algumas das 150 construtoras filiadas à Federação Moçambicana de Empreiteiros.
Recorda-se, que a referida dívida foi contraída ao longo da última década. A mesma (dívida) resulta da facturação do fornecimento de bens e prestação de serviços no período compreendido entre 2009 até ao primeiro semestre de 2018.
Neste momento, a preocupação do sector privado prende-se com o facto de cerca de nove biliões da facturação não ter, até aqui, autorização de pagamento (visto) do Tribunal Administrativo (TA), ou seja, o Estado não assumiu essa dívida.