A Empresa Moçambicana de Dragagem (EMODRAGA) acaba de ser subcontratada pela firma holandesa Van Oord, para reforçar a operação de dragagem de emergência do canal de acesso ao Porto da Beira, iniciada em Novembro de 2017, com o fim previsto para Abril deste ano, informa a AIM.
Domingos Bié, Presidente do Conselho de Administração da EMODRAGA, sublinhou que a sua instituição opera nesta componente com duas dragas com capacidade para mil metros cúbicos cada.
Bié entende que a entrada em serviço da EMODRAGA como subcontratada nesta fase de emergência significa uma preparação e um afinar de máquinas para atacar a dragagem de manutenção, que é a sua principal actividade e razão da existência desta empresa pública.
O gestor descreve o facto como uma oportunidade para a EMODRAGA explorar as novas técnicas de dragagem e aperfeiçoar as melhores práticas em uso na área pois, no seu entender, a Van Oord é uma das melhores empresas de dragagem ao nível internacional.
A operação abrange a dragagem de emergência do cais e bacias de manobras do Porto da Beira, incluindo a repulsão de areias para o aterro da futura Terminal de Cereais.
O projecto está orçado em cerca de 25 milhões de Euros, assegurados por fundos próprios da Empresa de Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
Basicamente, pretende-se que no final da obra, sob fiscalização do CFM, seja permitida a reposição das larguras do canal de 135 para 250 metros, bem como as cotas do projecto de menos 8.00 e menos 9.20 metros, nos troços rectos e na chamada curva de Macúti, respectivamente.
Terminada tal dragagem de emergência, o Porto da Beira voltará a ser demandado por navios de tipo PANAMAX até 60 mil toneladas de arqueação bruta, operando 24 horas por dia, contra a actual capacidade fixada em até 30 mil toneladas de peso bruto.
Assim, a EMODRAGA mostra-se disponível a atacar a empreitada já com uso da maior draga oceânica do país, denominada Macúti, com capacidade de 2.500 metros cúbicos de sedimentos.
A embarcação em causa está ser reabilitada na África do Sul depois de ter colidido, no ano passado, com um navio que navegava com bandeira de Panamá no canal de acesso ao Porto da Beira, tendo resultado em avultados danos materiais, sobretudo na dita casa das máquinas, que entretanto foram renovadas com fundos da sua seguradora internacional.