O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, vai marcar eleições legislativas antecipadas para 24 de Novembro, assim que regressar de uma visita de Estado de três dias à China, que se inicia esta quarta-feira, anunciou Sissoco Embaló, antes da partida.
O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, prometeu, esta segunda-feira, que, assim que regressar da visita a Pequim, no fim-de-semana, vai fazer consultas com as forças políticas daquele país com vista a marcar as eleições legislativas.
Umaro Sissoco Embaló deixou claro que quem não concordar com a decisão pode recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça, e afirmou que vai marcar as legislativas de acordo com a Constituição do país.
Em Dezembro do ano passado, Embaló dissolveu o Parlamento, que tinha sido eleito em Junho do mesmo ano, alegando uma grave crise institucional no país, na sequência de confrontos armados, dias antes, entre elementos da Guarda Nacional e as Forças Armadas.
A decisão do Presidente da República tem sido contestada pela coligação PAI-Terra Ranka, por ainda não terem decorrido os 12 meses, fixados pela Constituição, depois das eleições legislativas em que obteve maioria absoluta.
Vários partidos têm defendido que as eleições que devem ser convocadas ainda no decurso deste ano são as presidenciais, e não as legislativas, sustentando que o mandato do Presidente termina em Fevereiro de 2025 e a escolha do novo chefe de Estado deve ser feita antes.
Na sua primeira visita oficial à China, que decorre até sexta-feira, o Presidente guineense vai rubricar um acordo no quadro geral de cooperação entre Bissau e Pequim. A China coopera com a Guiné-Bissau nos domínios da educação, saúde, agricultura, infra-estruturas, pescas e apoio ao sector da defesa.
Recentemente, Umaro Sissoco Embaló esteve de visita a Moçambique e não foi bem recebido pela oposição, por entender que este não reflecte bons exemplos de democracia e governação.