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“Em casa devemos mandar nós”

Depois de três desaires consecutivos, em três provas diferentes, nomeadamente Liga dos Campeões Africanos (diante do Etoile du Sahel por 5-0), para o Moçambola Zap (diante do Ferroviário de Maputo 0-1) e na Taça de Moçambique, fase provincial (diante do Sporting da Beira 2-3, nas grandes penalidades), a motivação parecia estar em baixa para o jogo da segunda jornada do grupo “A” da liga milionária africana. Mas o treino desta segunda-feira, no local do jogo, mostrou uma equipa que procura levantar a moral dos jogadores, de modo a alcançar um resultado positivo.

Aliás, a equipa técnica assumiu que o ambiente no balneário está bastante melhor depois do trabalho psicológico realizado, o que vai trazer uma nova postura dentro das quatro linhas, esta terça-feira. “No jogo da primeira jornada podíamos ter perdido por uma bola sem resposta, seria mesma coisa, derrota é derrota. Mas este jogo que temos aqui em casa, hoje, é que é importante para as nossas contas” começou por dizer Aleixo Fumo, técnico dos “locomotivas” de Chiveve.

Factor casa deve ser determinante

Entretanto, o factor casa tem sido determinante nestas provas, uma vez que os campeões nacionais nunca perderam em casa nas competições africanas. Dos dez jogos já efectuados, desde 1999, quando disputaram as eliminatórias de Taça CAF, até as eliminatórias da Liga dos Campeões este ano, o Ferroviário da Beira venceu 8 jogos caseiros e empatou apenas dois. Desta vez não joga no seu relvado, mas no Estádio Nacional do Zimpeto. Aleixo Fumo diz que “gostaríamos de estar a jogar no nosso meio, no ‘caldeirão’, mas mesmo assim estamos em Moçambique e espero que esse factor de ‘em nossa casa mandamos nós’ prevaleça, porque o factor que vai ser determinante, vai ser o psicológico, já que teremos que ir buscar forças em todo o que é lugar para vencer”.

A motivação do grupo é o que tranquiliza a equipa técnica para o alcance de um bom resultado: “o que nos conforta e vermos que o grupo está com essa vontade enorme de fazer um bom resultado”, concluiu Aleixo Fumo.

Jogadores moralizados

Os jogadores do Ferroviário da Beira dizem que este jogo é para vencer, de modo a não perderem de vista o objectivo de transitar para a fase seguinte da maior prova milionária do continente africano ao nível os clubes.

Soarito, guarda-redes do Ferroviário da Beira, diz mesmo que o adversário é de outro nível, mas “se estamos aqui é porque nós merecemos”. Há respeito pelo adversário, entretanto o que os jogadores querem é “vencer”, mas “contando com o apoio do público da cidade de Maputo, para que continuem a nos dar o apoio que merecemos”, diz o guarda-redes responsável pela presença da equipa nesta fase, depois de defender duas grandes penalidades, na última eliminatória de acesso à fase de grupos.

Por seu turno, Cufa está ciente de que são provas completamente diferentes dos dois últimos jogos em que os “locomotivas” do Chiveve perderam, internamente, mas assume que o conjunto vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para sair do Estádio Nacional do Zimpeto com uma vitória “de modo a estarmos bem posicionados nesta prova”, afirma.

O jogo entre o Ferroviário da Beira e o Al-Hilal terá lugar esta tarde, quando forem 15h00 horas, no Estádio Nacional do Zimpeto.

Árbitros são provenientes da Zâmbia

A turma do Al Hilal, adversário do Ferroviário da Beira na segunda jornada do grupo “A” da Liga dos Campeões Africanos chegou a Maputo na passada sexta-feira, com uma delegação composta por 45 elementos, entre jogadores, equipa técnica, pessoal de apoio, membros da direcção do clube e jornalistas. Os sudaneses realizaram em solo moçambicana quatro sessões de treinos, sendo um no campo do Ferroviário da Baixa, dois no campo da Afrin, na Matola e outro, ontem, no ENZ, de adaptação ao relvado.

Por outro lado, a equipa de arbitragem chegou a Maputo na tarde de domingo, proveniente da Zâmbia. Trata-se dos senhores Wisdom Chewe (que será o árbitro principal) Romeo Kasengele e Kabwe Chansa (assistentes).

Entradas de borla no ENZ

Para este jogo, os portões vão abrir às 12h00, sendo que o bilhete já está a venda ao preço de 100 meticais para a bancada central. Já os adeptos moçambicanos que forem trajados das cores do Ferroviário da Beira, verde e branco, terão entrada gratuita para a bancada sol, esperando-se que muitos possam aderir a este jogo de capital importância para a turma moçambicana.

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