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Com os olhos no pódio no Afrobasket e…na terra do Sol Nascente

A selecção nacional de basquetebol sénior feminina está confiante numa boa prestação diante de Cabo Verde e Quénia, seus  adversários no grupo "D" do "Afrobasket" Senegal 2019. Quando faltam oito dias para o arranque da prova de basquetebol feminino de maior prestígio no continente, as atletas dizem que o principal alvo é o troféu. Mais: sonham em marcar presença na Terra do Sol Nascente, Japão, ou seja, nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

A julgar pelas últimas exibições no Campeonato Africano de 2017, em Bamako, Mali, prova na qual ficou na quarta posição, Moçambique vai ao “Afrobasket” de Dakar, no Senegal, com o objectivo de  fazer história. Inseridas na derradeira fase de preparação para a competição de 12 selecções, as “Samurais” aproveitaram o treino desta terça-feira para testar os seus níveis competitivos diante da equipa de juniores da A Politécnica. Aliás, sem estágio fora de portas, ao técnico espanhol  Julian Martínez  nada mais resta senão mesmo optar por jogos de controlo com equipas da cidade de Maputo.
“Não tivemos o tipo de preparação que pretendíamos. Temos jogado contra equipas masculinas que nos oferecem outro tipo de oposição, diferente do que vamos enfrentar em Dakar”, lamentou Martínez, para depois acrescentar que Moçambique é favorito no grupo "D" no qual tem como opositores Cabo Verde e Quénia.

“Sempre mantendo o respeito pelo adversário e a concentração para darmos o nosso melhor, acho que podemos ganhar os dois jogos desta etapa, porque o quadro tornar-se-ia  simples passando em primeiro para os quartos-de-final”, vincou.

A poucos  dias do arranque da prova, o seleccionador nacional garante que os processos de jogo estão a ser assimilados pelas jogadoras, referindo, contudo, que os aspectos defensivos e ofensivos ainda não estão no nível que deseja.

“Até ao dia do início do campeonato, acredito que as jogadoras já estarão ao nível desejado. Agora, as atletas ainda estão a compreender o que quero que façam na quadra”, disse o técnico.

Os níveis de confiança da selecção nacional continuam a subir, até porque a ambição inclui um lugar no pódio, o que, também, garantiria uma vaga no torneio de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Mas antes é preciso vencer os jogos da fase de grupos. Para o efeito, a poste Nilza Chiziane mantém o positivismo, mas assume que não haverá facilidades diante de Cabo Verde e Quénia.

“A nossa maior arma é a de estarmos unidas do início até ao fim, sempre juntas.  E, claro, trabalharmos para um único objectivo, a conquista do título”, disse a poste.

Depois de duas tentativas fracassadas de conquistar o título continental, em 2003 e 2013, este ano, as  jogadoras olham para Dakar como o palco para a viragem da página.

“A expectativa é grande, temos treinado bastante para alcançar o nosso objectivo que, queremos já há muito tempo, o primeiro lugar, por isso vamos com toda a força. Sabemos que o campeonato não será fácil, mas nós estaremos lá para dar tudo”, realçou a jogadora.

Moçambique parte para a 26ª edição do “Afrobasket” como a quarta melhor equipa de África e 27ª do mundo.
 

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