Na última audição desta quinta-feira, Elias Moiane confirmou ao juiz Efigénio Baptista que recebeu procuração para comprar dois apartamentos no Bairro Polana, na cidade de Maputo. O réu disse, também, que após a compra dos imóveis, foram registados em nome das irmãs, duas filhas de Maria Inês Moiane.
Segundo o réu, tinha de ser ele a comprar os dois imóveis porque Maria Inês Moiane não tinha muita disponibilidade e era preciso flexibilizar o processo.
O interrogatório a Elias Moiane começou já à noite. Sobre os factos, o réu confirmou boa parte do que consta na acusação. Elias Moiane sublinhou que foi influenciado a assumir uma procuração para a compra dos imóveis, no Bairro Polana, visto que Maria Inês Moiane não estava, na altura, disponível para conduzir o processo de compra pessoalmente.
Tendo sido comprados, os imóveis foram colocados a render. Com o valor da renda, o réu explica que fazia a manutenção dos imóveis, cumpria com as responsabilidades do condomínio onde estão localizados e o remanescente entregava à mãe: Maria Inês Moiane.
Interrogado pelo Ministério Público, Elias Moiane voltou a confirmar os factos nos mesmos moldes que respondeu ao juiz Efigénio Baptista.
Elias Moiane esclareceu que, embora os imóveis tenham sido pagos com o dinheiro de Maria Inês Moiane, nunca estiveram registados em nome da minha mãe.
