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Eleições Gerais: Wilker Dias interrompe sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e pede justiça 

O Observador Eleitoral, Wilker Dias, interrompeu a sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, na Gâmbia, para alertar sobre atropelos aos direitos humanos em Moçambique no contexto eleitoral. A interrupção também visada protestar contra o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe. 

Em passos lentos como quem nada quer, Wilker Dias entrou na sala das sessões da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos,  este sábado na Gâmbia, e quando menos esperavam tirou o seu megafone e começou a vociferar. 

“Comissária Manoela, por favor, comissária Manoela, nós temos uma situação. Somos Moçambicanos e precisamos da sua intervenção no nosso país. Nós somos de Moçambique e temos um grande problema. Muitas pessoas estão a morrer por situações políticas neste momento. Por favor, nós precisamos de sua intervenção e nós precisamos de seu apoio para tentar expressar essa pressão. Essa é a única coisa que nós precisamos agora, nós precisamos da sua ajuda. Não temos mais tempo para falar. Muito obrigado”

Foi através destas palavras expressas  num  vídeo divulgado nas redes sociais que o observador eleitoral e activista social mostrou a forma como decidiu chamar atenção ao mundo sobre o que acontece em Moçambique. 

Wilker Dias, invadiu este sábado uma sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos para soltar um grito de socorro pela justiça eleitoral no país.

“Foi-nos solicitada uma reunião, através da comissária Manuela, com conhecimento do chefe, também, da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, em que foi possível, através desta abertura por eles dada, expor aquelas que são as nossas inquietações relativamente ao processo eleitoral, todas as irregularidades que acabam também afetando em grande medida os direitos humanos, foram expostos nesta ocasião, sem deixar de lado, também, a nossa pequena insatisfação perante a uma pequena inércia por parte da Comissão Africana relativamente a este assunto, mas, igualmente, aos outros assuntos que envolvem o Estado Moçambicano, em que a violação dos direitos humanos é gritante, mas sem nenhum posicionamento” apontou Wilker Dias.

Segundo partilhou ao “O País”, a comissão tomou conhecimento do assassinato do advogado de Venâncio Mondlane, Elvino Dias, e do mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe, e a instituição busca respostas para depois pronunciar-se à respeito. 

“De igual modo, manifestou, também, tristeza relativamente a este último caso de assassinato, que é de Elvino Dias, afirmou que está acompanhado, porque além de ser advogado, também, era um dos defensores dos direitos humanos. Afirmou que estão a acompanhar e a apurar as razões que poderão estar por detrás disso, e que se calhar nesses dois dias irão se pronunciar neste mesmo comunicado acerca da morte de Elvino Dias e do Paulo Guambe. De igual modo, afirmou que estão e continuam a acompanhar a situação em Moçambique e na qualidade dos responsáveis vão continuar a monitorar e poder se calhar ter um papel mais enérgico” disse o Observador e activista social. 

A comissão garantiu que vai informar legalmente a Moçambique que há trabalhos em curso com vista a esclarecer as queixas submetidas pelo moçambicano.

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