O número de observadores nas eleições do dia 15 aumentou. Ainda assim, para o CESC, uma das organizações da sociedade civil que íntegra a Plataforma de Transparência Eleitoral, a tarefa dos mesmos esteve muitas vezes limitada no terreno, o que dificulta apurar o impacto das irregularidades do processo eleitoral ao longo do recenseamento, da campanha e da votação.
Ainda assim, estas sextas eleições gerais podem ter sido viciadas em dimensões sérias, diz o CESC, acrescentando que no dia das eleições houve uma forte onda de ilícitos eleitorais nas províncias de Gaza, Zambézia e Nampula. Os ilícitos vão desde a intimidação aos observadores pela polícia, expulsão dos mesmos observadores das assembleias de voto até a tentativas de enchimento das urnas por eleitores encontrados com vários boletins originais.
O CESC denuncia ainda supostas ameaças aos observadores e a sua expulsão das assembleias de voto, acompanhadas por violência física e confiscação de material de trabalho. Em alguns casos, a polícia usou gás lacrimogéneo para expulsar os observadores, segundo denúncia feita esta tarde na conferência de imprensa da Plataforma de Transparência Eleitoral.