O candidato da Frelimo, Daniel Chapo, é o grande vencedor das eleições presidenciais de 9 de Outubro. Segundo os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições,esta quinta-feira, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, na Cidade de Maputo, Chapo conseguiu um total de 4.912.758 (quatro milhões e nove centos e doze mil e sete centos e cinquenta e oito) votos,o equivalente a 70,67% dos votos.
Nas eleições presidenciais, em segundo lugar segue o candidato presidencial do PODEMOS, Venâncio Mondlane, com um total de 1.412.511 (um milhão e quatrocentos e doze mil e quinhentos e onze) votos, o equivalente a 20,32% dos votos.
O candidato presidencial da Renamo, Ossufo Momade, conseguiu obter 403.591 (quatrocentos e três mil e quinhentos e noventa e um) votos, o equivalente a 5,81%.
Finalmente, o candidato presidencial do MDM,Lutero Simango, soma 223.065 (duzentos e vinte e três mil e sessenta e cinco) votos, o equivalente a 3,21% dos votos.
Ao nível nacional, o candidato presidencial da Frelimo foi o mais votado em todas as províncias. Em Maputo Cidade – Daniel Chapo teve 63%, Venâncio Mondlane teve 33,84%, Ossufo Momade teve 9,62%, e Lutero Simango teve 2,86% dos votos.
Na Maputo Província, Daniel Chapo teve Chapo 68% dos votos, Venâncio Mondlane teve 27%, Ossufo Momade teve 2,50% e Lutero ficou com 2,45% dos votos.
Em Gaza, Daniel Chapo conseguiu 84,59% dos votos, Venâncio Mondlane teve 11,47%, Lutero Simango somou 2,33% e Ossufo Momade conseguiu 1,61% dos votos.
Na Província de Inhambane, Daniel Chapo conseguiu 73,16% dos votos, Venâncio Mondlane ficou com 19%, Ossufo Momade somou 3,68% e Lutero teve 3,31% dos votos.
Em Sofala, Daniel Chapo somou 65,54% dos votos, Venâncio Mondlane conseguiu 24,27%, Lutero Simango teve 6,94% e Ossufo Momade ficou com 3,25% dos votos.
Na Província de Manica, Daniel Chapo acumulou 66,71% dos votos, Venâncio Mondlane teve 24,65%, Ossufo Momade teve 6% e Lutero Simango ficou com 2,64%.
Na Província de Tete, Daniel Chapo teve 84,42%, Venâncio Mondlane somou 10,84%, Ossufo Momade ficou com 2,91% e Lutero Simango teve 1,83% dos votos/
Na Província da Zambézia, Daniel Chapo conseguiu 73%, Venâncio Mondlane teve 14,16%, Ossufo Momade teve 9,82% e Lutero Simango somou 3%.
Na Província de Nampula, maior círculo eleitoral, Daniel Chapo teve 59,58%, Venâncio Mondlane ficou com 25,59%, Ossufo Momade somou 11,17% e Lutero Simango ficou com 3,67% dos votos.
Em Cabo Delgado, província assolada pelo terrorismo, Daniel Chapo conseguiu acumular 65,81% dos votos, seguido por Venâncio Mondlane, que teve 22,64%. Ossufo Momade somou 7,56% e Lutero teve 3,99% dos votos.
Por fim, na Província de Niassa, Daniel Chapo teve 68,95%, dos votos, Venâncio – Mondlane acumlou 18,51%, Ossufo Momade somou 8,95% e Lutero Simango ficou com 3,59% dos votos.
No círculo eleitoral África, Daniel Chapo também venceu. No caso, com 89,16% dos votos/Em segundo lugar ficou Venâncio Mondlane, com 6,24%, em terceiro, ficou Lutero Simango, com 2,55% e, por fim, Ossufo Momade, com 2,05% dos votos.
No resto do mundo, Daniel Chapo conseguiu 50,46% dos votos, Venâncio Mondlane teve 47,80%, Ossufo Mondlane somou 1,01% e Lutero Simango ficou com 0,72% dos votos.
O anúncio dos resultados foi feito pelo Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE). Conforme avançou Dom Carlos Matsinhe, ao longo do dia da votação e dos processos de contagem dos votos, foram levantados e instaurados vários processos contenciosos junto dos tribunais judiciais. Alguns desses processos foram canalizados ao Conselho Constitucional, pelo que se aguarda por uma tomada de decisão.
Ainda assim, disse Dom Carlos Matsinhe, a CNE é, pela lei, obrigada a anunciar os resultados das eleições até 15 dias depois da votação. Pelo que não podia esperar pelas decisões inerentes aos processos que correm nos tribunais. Entretanto, admitiu, o impacto das decisões que forem tomadas, em relação aos contenciosos eleitorais, podem também ter impacto nos resultados que hoje foram anunciados. Portanto, o anúncio dos resultados de hoje não encerra todo o processo eleitoral, pois os resultados ainda serão validados e os vencedores proclamados.
Ainda esta quinta-feira, o Presidente da CNE disse que, no dia das eleições gerais, as mesas tiveram os seus respectivos membros, e a maioria abriu às 7 horas e encerrou às 18 horas, com a excepção do estrangeiro, que funcionaram entre 9 horas e 19 horas, em África, e das 10 horas às 21 horas, para os restantes países, tendo em conta que no estrangeiro não é possível a tolerância de ponto no dia da votação, como acontece em Moçambique.
O processo de votação, acrescentou, decorreu, regra geral, normalmente, conforme estabelecido no calendário e na lei,com excepção de algumas mesas, na Alemanha, devido a não entrega do material de votação à Embaixada de Moçambique, pela empresa contratada, e na Zambézia, por problemas logísticos e falta de quites de votação. Por isso a votação aconteceu no dia 12 de Outubro.
Para as eleições de 9 de Outubro foram inscritos 17 169 239 milhões de eleitores. Desse universo, votaram 7 464 822 milhões de eleitores, o equivalente a 43,48%.
O número total de abstenções é 9 704 417, o equivalente a 56,52%.
Outro dado estatístico tem a ver com os votos nulos: 239 039.