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Eleições gerais 2019: Presidente da Frelimo apela à participação massiva das mulheres na campanha

A cidade de Dondo, em Sofala, acolheu hoje a quarta sessão ordinária do conselho nacional da Organização da Mulher Moçambicana, OMM, o braço feminino do partido Frelimo. Discursando no encerramento do evento, Filipe Nyusi, na qualidade de Presidente daquele partido, disse de viva voz que “a campanha já começou e sabem que o forte da Frelimo são as mulheres”, num claro apelo para o engajamento das mulheres na corrida eleitoral de 15 de Outubro.

Oficialmente a campanha eleitoral começa em finais de Agosto próximo, no entanto, há muito que o candidato do partido no poder adiantou-se na maratona, com uma série de eventos que tem vindo a levar a cabo nas províncias, denominados “onda vermelha”.

Se para alguns ainda restavam dúvidas, hoje Filipe Nyusi fez questão de deixar claro que é realmente campanha eleitoral que está a fazer. “A campanha já iniciou. Vocês estão a vir de todos os distritos.

Regressem e transmitam às mulheres essa onda vermelha, essa raiva para a vitória. Não há mais nada, é só ir dizer ‘ali a palavra de ordem foi vitória’. Podem esquecer tudo que falaram aqui, mas saber que dia 15 de Outubro é vitória”, repisou o candidato da Frelimo que ao ritmo de aplausos da plateia acrescentou que “não sei se há uma província que pensa que vai ser governada por um outro partido, não há isto”.

Num evento que essencialmente visava afinar a maquina partidária para as quintas eleições gerais, para as assembleias provinciais e pela primeira vez para a eleição de governadores provinciais, Filipe Nyusi aproveitou a representatividade nacional para abordar a questão dos ataques armados em Cabo Delgado com um novo posicionamento que vai na linha do que muitos segmentos da sociedade tem estado a defender e criticando ao mesmo tempo a forma como o governo está a encarar o conflito.

“Preocupa-nos a situação que se vive em alguns distritos na província de Cabo Delgado caracterizada por violência armada levada a cabo por malfeitores que assassinam cidadãos inocentes e destroem os bens das populações. A accão vigorosa das nossas Forças de Defesa e Segurança e os órgãos da justiça tem permitido a contenção destes actos macabros dos malfeitores, complementada com a colaboração das comunidades, incluindo a mulher moçambicana, na denúncia e desmantelamento dos criminosos e seus financiadores. É chegado o momento de iniciar um movimento de apoio aos nossos irmãos vítimas destes actos que perderam as suas habitações, alimentos e outros bens e se encontram numa situação de total desespero”.
 

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