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Eleições em Portugal: Portugueses em Moçambique esperam que novos representantes na AR ajudem na melhoria de vida

Foto: O País

Cerca de 10 mil cidadãos portugueses residentes em Moçambique recensearam-se, nos consulados de Maputo e Beira, para eleger os seus representantes na Assembleia da República de Portugal, de quem esperam melhoria de vida.

O processo de votação presencial iniciou, no sábado, e continuou este domingo, com a previsão de encerrar as urnas por volta das 19 horas. No entanto, houve quem tenha optado pelo voto por correspondência.

De forma tímida, acompanhados ou sozinhos, os eleitores chegavam ao Consulado-Geral de Portugal em Maputo, com o seu bilhete de identidade na mão, para eleger o seu representante no Parlamento português.

Os eleitores esperam por melhorias no comportamento dos políticos, pois, ao longo dos anos, como anota João Matias, há uma descredibilização do Governo.

“Eu espero que, daqui para frente, os políticos possam ser mais responsáveis e honestos, que possamos ver mais mudanças sob ponto de vista económico e social, porque Portugal merece, tem gente boa e trabalhadora, mas a evolução, nos últimos tempos, não tem sido nesse sentido”, disse João Matias.

Maria da Conceição, professora universitária, vive em Moçambique há 20 anos e, apesar de estar distante do seu país de origem, sente que há coisas que precisam de melhorar.

Entretanto, há quem diga que as coisas já estiveram piores naquele país europeu e, apesar de ter votado, não acredita mais em mudanças.

“Tenho muitas dúvidas de que haverá mudanças, mas, por ter votado, fico com a consciência tranquila de que dei o meu voto para ver o país a melhorar”, disse João Mota.

Dos eleitores que se dirigiram ao consulado em Maputo para escolher os seus representantes no Parlamento, há quem não tenha conseguido exercer o seu dever cívico, uns porque não sabiam da necessidade de recensear, outros porque não renovaram os seus documentos a tempo.

Houve ainda quem não tenha votado, por não saber que a data limite do voto por correspondência era sábado. Ainda assim, essas pessoas esperam avanços na vida dos portugueses.

“Os partidos, que estou a ver na Assembleia, não estão a tomar grande consideração naquilo que se está a passar no mundo, isso é triste. Por exemplo, muitos países estão a levantar as restrições, mas Portugal está a fechar cada vez mais, isso atrasa a economia e a vida social dos cidadãos”, lamentou um cidadão.

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