Renamo afirma que ganhou eleições de forma convincente na Cidade de Maputo
O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, sentencia que ganhou de forma convincente e inequívoca as eleições, apesar de, segundo acusou, a Frelimo ter cometido irregularidades, em todas as 65 autarquias para manipular o processo “como tem sido sua cultura” .
Entre as irregularidades, Momade aponta o enchimento das urnas, a falsificação dos resultados e o pagamento dos membros de mesa para se recusarem e elaborarem as actas e editais nas mesas onde o partido venceu, bem como o corte propositado de energia.
“A partir das 15 horas do dia 11 de Outubro, vários delegados de candidatura da Renamo foram compulsivamente retirados das mesas de votação, alegadamente porque tinham credenciais falsas”, na autarquia de Quelimane, província da Zambézia.
Outra acusação da Renamo vai para a Polícia da República de Moçambique (PRM), em que, conforme disse, no acto da contagem e apuramento, a PRM efectuou disparos e lançamento de gás lacrimogénio, em quase todas as assembleias de voto.
Já em Niassa, em quase todas as autarquias, o presidente da Renamo disse que, durante a noite, todos os delegados de candidatura dos partidos da oposição foram expulsos das mesas de votação pela PRM.
“Este acto macabro foi protagonizado pela Polícia porque 90% dos resultados representavam uma vitória inquestionável da Renamo. Na vespara da votacao, de forma ilegal e arrogante, o Comandante-Geral da PRM arrombou o armazém do STAE e ordenou a retirada de todo o material de votação, incluindo urnas que os agentes da Polícia fizeram enchimento”, apontou Momade.
Nas suas palavras, houve detenções arbitrárias e ilegais de delegados de candidatura da Renamo, como também houve registo de agentes da PRM nas mesas de votação.
“Fica claro que este comportamento do partido no poder revela desespero e perda de qualquer legitimidade para governar Moçambique. O comportamento demonstrado pela PRM em cumprimento de ordem do partido no poder significa que não tivemos eleições livres, justas e transparentes”, sentenciou.
É por isso que Ossufo Momade diz que, caso os moçambicanos se enfureçam e insurjam com o que chamou de linchamento e assassinato da democracia, a culpa será do Comandante-Geral da Polícia e do partido no poder.