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Economia regista crescimento de 3.2% no primeiro semestre de 2018

Foto: O País

A economia moçambicana cresceu 3.2% no primeiro semestre deste ano, segundo dados revelados esta terça-feira pelo Governo. Este crescimento está 0.2 pontos percentuais acima do registado em igual período de 2017.

Apesar do crescimento estar muito próximo do nível registado em todo o ano de 2017 (3.7%), o desempenho é ainda modesto em relação a previsão de 5.3% para todo o ano de 2018.

Trata-se, de resto, de um crescimento económico situado bem abaixo da média de 7%, por ano, registada entre 2005 a 2014. Aliás, a suspensão da ajuda ao país por parte dos parceiros de cooperação e o arrefecimento momentâneo dos investimentos nos projectos de gás têm contribuído para o registo de um Produto Interno Bruto (PIB) diminuto, nos últimos anos.

Entretanto, a porta-voz do Governo, Ana Comoana, considera que o desempenho da economia no primeiro semestre deste ano é positivo e avança que a situação resulta essencialmente da paz que o país vive.

Para além da economia ter crescido ligeiramente acima do registo de igual período de 2017, as exportações também registaram um aumento de cerca de 205 milhões de dólares ao se situarem nos 1 182 milhões de dólares.

Com as importações situadas em 1400 milhões de dólares, a balança comercial ficou deficitária em pouco mais de 200 milhões de dólares no primeiro semestre de 2018.

Nível de inflação de 6.5% agrada o Governo

Apesar dos preços terem subido, no período em análise, com a inflação média anual a situar-se nos 6.5%, o Governo dá-se por satisfeito pelo facto de o indicador ter-se situado abaixo de dois dígitos (10%). Para todo este ano, prevê-se uma inflação média de 11%.

Por sua vez, as Reservas Internacionais Líquidas, sob gestão do Banco de Moçambique, também registaram um aumento, sendo que o valor dá para cobrir pouco mais de sete meses de importações contra um valor pouco mais de cinco meses de importações, no primeiro semestre de 2017.

As Reservas Internacionais Líquidas conheceram um período de grande desgaste entre, entre 2014 a 2016, período cujo metical depreciou sem paralelo em relação ao dólar, com a unidade da moeda americana a situar-se nos 80 dólares no mercado cambial.

  

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