Cerca de 320 crianças menores de cinco anos morrem diariamente no país, vítimas da malária, infecções respiratórias e diarreia. A informação foi tornada pública pelo ministro da Saúde, esta quinta-feira, na abertura do segundo simpósio sobre a saúde global da Fundação Manhiça.
Apesar da redução das taxas de mortalidade materno-infantil no país, o índice de crianças que morrem por dia ainda é preocupante para as autoridades de saúde.
Segundo o ministro da tutela, Armindo Tiago, a malária, a diarreia e as infecções respiratórias são apontadas como as principais causas, pois, embora sejam preveníveis e curáveis, causam a morte de, pelo menos, 320 crianças em todo o país.
Por outro lado, Armindo Tiago disse que ainda persistem alguns desafios no sector da pesquisa em saúde.
“Apesar do reconhecimento do papel da pesquisa para a formulação de políticas baseadas em evidência científica, ainda persistem desafios para a realização da investigação em saúde, dos quais se destacam a insuficiência de recursos humanos qualificados, financeiros e infra-estruturas para levar a cabo uma agenda local de pesquisa e transformação dos resultados de pesquisa em políticas”, explicou Tiago.
Um facto que, segundo a Fundação Manhiça, tem contribuído para a fraca abrangência dos estudos do Centro de Investigação em Saúde.
“Se reparar, a maior parte da nossa pesquisa, actualmente, está focada, principalmente, em doenças infecciosas que são um grande peso e a principal causa de morte em crianças e mulheres em idade reprodutiva, mas há outras doenças, como o cancro e a hipertensão”, referiu Francisco Saúte, director-geral da Fundação Manhiça.
O segundo simpósio sobre a saúde global terá duração de dois dias e marca o encerramento das comemorações dos 25 anos de existência do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça.