Há equipamento médico para protecção dos profissionais de saúde envolvidos no combate ao novo Coronavírus, durante os próximos seis meses, de acordo com António Assane, director nacional da Central de Medicamentos e Artigos Médicos, rebatendo informações que dão conta da ruptura de stock. Mas admite que pode existir má gestão no processo de distribuição.
O número de infecções pelo novo Coronavírus cresce no país, aumentando o medo, desgaste e vulnerabilidade dos profissionais da saúde na linha da frente no combate à doença.
A classe queixa-se, por vezes, da falta de equipamento de protecção individual no trabalho. Para dissipar equívocos, o sector da Saúde abriu as portas do Armazém Central de Medicamentos, na cidade de Maputo, à imprensa, para mostrar que há meios para os que travam uma luta contra um inimigo de todo o mundo: o novo Coronavírus.
No Armazém Central de Medicamentos há pouco mais de sete mil paletes para conservação dos fármacos e equipamento médico, sendo que três mil foram acrescentados no ano passado e 85 por cento destes estão preenchidos por meios de protecção da COVID-19 para os profissionais de saúde.
“Neste momento, nós estamos em condições, em termos de quantidades de máscaras cirúrgicas para os próximos seis meses. Já fizemos uma distribuição para todo o país e estamos a terminar, agora, um plano de reforço nas províncias”, revelou António Assane, director nacional da Central de Medicamentos e Artigos Médicos.
Além das máscaras cirúrgicas, o director nacional da Central de Medicamentos e Artigos Médicos explicou que quanto as máscaras N95 (usadas dentro dos centros de internamento por COVID-19 e algumas enfermarias, havia uma planificação de seis milhões” deste tipo de máscaras. “Até hoje, já foram recebidas três milhões e 40 por cento destas foram distribuídas”.
Quanto aos macacões, “nós planificamos cerca de 210 mil e até agora já recebemos cerca de 142 mil. Estamos a retirar do porto 327 mil macacões” para a Central de Medicamentos.
Com estes dados, a Direcção Nacional da Central de Medicamentos e Artigos Médicos acredita não haver espaço para queixas sobre a falta de meios de prevenção para os técnicos de saúde. “É material novo. Se nós formos à Polana Caniço, onde há maior pressão, não há problema nenhum”, por exemplo, referiu António Assame.
O dirigente esclareceu ainda que desde o início da pandemia, o sector de medicamento aloca fármacos para dois meses às unidades sanitárias.
No Armazém Central de Medicamentos estão disponíveis 30 tipos de fármacos usados no tratamento da COVID-19 e das doenças crónicas nos pacientes infectados.
Existem “anti-hipertensivos temos para 12 meses, produzidos a nível local. Também para diabéticos dispomos desse medicamento. Isso tudo para dizer que nós fizemos um levantamento em locais onde há centros de isolamento” com vista a saber a quantidade de medicamentos que são utilizados no tratamento, assegurou António Assane.
Sobre os testes do novo Coronavírus, o sector da Saúde garante que há quantidades suficientes para responder à demanda até Maio deste ano. E está no processo de aquisição de mais testes, cuja disponibilidade pode ser para até Dezembro de 2021.