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Jovens querem mais espaço para tomada de decisões em processos eleitorais

Foto: O País

Falta de informação e limitações no acesso à educação barram a participação dos jovens na tomada de decisões importantes nos processos eleitorais. A constatação é do Instituto para Democracia Multipartidária, que fala da necessidade do empoderamento político dos jovens.

A participação dos jovens na vida política, sobretudo na tomada de decisões relativas aos processos eleitorais, continua aquém do desejado, de acordo com o Instituto para Democracia Multipartidária.

A organização fala da existência de barreiras que dificultam o empoderamento político deste grupo social.

“Além de desafios políticos que têm a ver com a questão de intolerância e violência política nas eleições, temos igualmente desafios económicos, porque, muitas das vezes, os jovens, no sector informal, por exemplo, estão preocupados com o seu ganha-pão diário e não participam de forma activa na política, e existem também desafios sociais”, explicou Victor Fazenda, representante do Instituto para Democracia Multipartidária.

Com as eleições gerais daqui a cerca de quatro meses, o IMD defendeu, na ocasião, que há que buscar estratégias urgentes de envolvimento de mais jovens nos processos políticos.

“É importante que os órgãos eleitorais e os partidos políticos reforcem a integridade eleitoral, para que os jovens possam confiar plenamente nos processos eleitorais e, assim, participar activamente na vida política.”

Por sua vez, o presidente da Comissão Nacional de Eleições entende que a preocupação deste grupo social é legítima. Carlos Matsinhe refere que só com a inclusão é possível garantir a integridade dos processos eleitorais.

“Os órgãos eleitorais reconhecem o valor da participação dos jovens na construção de uma sociedade desenvolvida, sustentável, inclusiva e mais justa para todos os moçambicanos, para o exercício de uma cidadania responsável, por ser a força motriz da sociedade. Pelo que encorajamos esta camada a continuar com os esforços no sentido de buscar mais engajamento como actores-chave, não só de processos eleitorais, mas também na dinâmica deste país”, disse Matsinhe.

Os intervenientes falavam durante um encontro de busca de soluções para a fraca participação dos jovens na política. O evento contou com a participação de mais de 100 jovens representantes de ligas juvenis de partidos políticos, órgãos eleitorais, sociedade civil e missões diplomáticas.

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