O País – A verdade como notícia

Discussão sobre a tarifa de transporte vai a debate na Assembleia Municipal da Beira

Foto: O País

A discussão sobre as novas tarifas dos transportes semi-colectivos de passageiros, que está a gerar um braço-de-ferro entre os transportadores, na cidade da Beira, e a edilidade, desde o início deste ano, vai finalmente a debate na Assembleia Municipal, em meados deste mês.

As contradições entre as partes já levaram os transportadores a paralisarem as suas actividades por um dia, na passada segunda-feira, como forma de pressionar a edilidade a acelerar a aprovação da tarifa proposta pela classe.

De acordo com o presidente do órgão, Ricardo Langue, o documento que contém as propostas, da Associação dos Transportadores da Beira, e a contraproposta, do município, deu entrada esta quarta-feira e será debatido entre os dias 15 e 16 deste mês.

“Já estamos a apreciar a matéria e, brevemente, iremos notificar as três bancadas representadas no Conselho Municipal da Beira, de modo a que, até ao dia da sessão, todos tenham domínio deste tema tão sensível que iremos debater, nomeadamente, as propostas de agravamento das tarifas propostas pelo ATABE e pelo Conselho Municipal. Portanto, são dois valores propostos, um incremento de cinco Meticais por parte dos transportadores e quatro da edilidadade”, disse Ricardo Langue.

Na cidade da Beira, não há revisão da tarifa dos transportes desde 2018 e a actual alteração foi proposta pelos transportadores devido ao recente agravamento dos preços dos combustíveis. Os transportadores já estavam indignados pela aparente indiferença da edilidade, uma vez que a proposta de revisão deu entrada no município há cerca de cinco meses. Face à pressão dos transportadores, a Assembleia Municipal da Beira pediu calma.

“Os transportadores devem ter um pouco de paciência. Sabemos que há um número considerável de transportadores chantageados e que obrigam os munícipes a pagarem os preços que ainda vão a debate. Os transportadores estão a ser desonestos, pois eles se importam apenas em produzir dinheiro. O custo de vida está alto a nível nacional e é preciso respeitar os utentes”, disse Langue tendo acrescentado que a edilidade vai intensificar a fiscalização para punir os prevaricadores.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos