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Dimene: “Poule de apuramento à Liga de basquetebol foi um sucesso”

Fotos: LMB

O pavilhão do Ferroviário foi o epicentro, entre os dias 19 e 21 de Novembro, da modalidade da bola ao cesto ao nível da zona norte com a disputa, neste recinto, dos jogos da “poule” de apuramento da zona norte de acesso à Liga Moçambicana de Basquetebol (LMB).

Na corrida à presença na 12ª edição da LMB, a decorrer em Maputo, a Associação Provincial de Basquetebol de Nampula (APBN) teve que se esmerar para, no meio das dificuldades financeiras, garantir que a prova decorresse sem sobressaltos.

Exigência da Comissão de Monitoria e Gestão da COVID-19 no desporto, a prova devia obedecer ao protocolo sanitário em vigor no país, com a realização de testes a todos os intervenientes. E a Associação Provincial de Basquetebol de Nampula arregaçou as mangas e, durante a prova, houve cumprimento das medidas de prevenção da pandemia da COVID-19, no pavilhão do Ferroviário de Nampula, palco que testemunhou uma decisão do representante da zona norte na prova máxima do basquetebol moçambicano somente no último dia (ndr: com o jogo Associação Juvenil de Napipine e Ferroviário de Nampula). Na hora do balanço, o presidente da Associação Provincial de Basquetebol de Nampula, Albino Dimene, reconheceu as dificuldades enfrentadas para viabilizar a prova, mas destacou o elevado nível competitivo.

A “poule” de apuramento da zona norte à Liga Moçambicana de Basquetebol (LMB) realizou-se num contexto atípico de crise provocada pela pandemia da COVID-19. O que fez a Associação Provincial de Basquetebol de Nampula aceitar o desafio de organizar a prova mesmo sem grandes apoios?

A Associação Provincial de Basquetebol de Nampula teve que recorrer ao Governo provincial como avalista para a abertura de portas no empresariado local. O que nos resta, agora, é honrar os nossos compromissos com os credores.

Esta competição, cujo vencedor somente foi conhecido na última jornada, contou com a participação de quatro equipas, nomeadamente Associação Juvenil de Napipine, Niassa Team, Ferroviário de Nampula e Nudex de Pemba. Em termos competitivos, que avaliação a APBN faz desta prova qualificativa?

Em termos competitivos, esta prova foi um sucesso sem precedentes. A presença do público justifica a entrega e dedicação das equipas ao evento, mesmo sabendo que vinham de uma situação condicionada pela pandemia. As equipas não tinham jogos nas pernas, daí a baixa pontuação registada nos jogos que deriva da falta de ritmo competitivo. Se formos a notar, a presença da zona norte na “poule” e arena de basquetebol tem crescido de ano a ano. Tem sido um desafio para Cabo Delgado, Niassa e mesmo Nampula. Apesar de serem sempre os mesmos intervenientes, na fase final, eu acredito que os outros vão organizar-se melhor para mostrar as mais-valias que foram trazidas por este campeonato e as que havia no campeonato anterior. E, na próxima edição, teremos mais dificuldades para ganhar os jogos, porque as pessoas já sabem também em que condições devem participar para alcançarem os seus objectivos.

 

“CUMPRIMOS NA ÍNTEGRA O PROTOCOLO SANITÁRIO”

 

Uma das premissas para a realização desta prova era o cumprimento do protocolo sanitário definido pelas autoridades de saúde em parceria com a Comissão de Monitoria do Desporto e a FMB e LMB…

Qual foi o apoio que receberam da Federação Moçambicana de Basquetebol para a realização desta e de outras competições?

A Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) tem dado um apoio técnico. Tecnicamente, nós fazemos as competições sob a égide da Federação Moçambicana de Basquetebol. Mas, também, este não é o fórum próprio para debatermos isto. Falando sinceramente, digo que a federação tem sido madrasta em relação às associações, o que nos deixa decepcionados. Se formos a ver, a organização de competições ao nível das associações é da responsabilidade das mesmas, mas a federação não pode só se limitar a dar apoio técnico. E nós sabemos como é que as associações trabalham. Não é um fórum próprio, mas a federação tem que ser mãe e pai.

Quais são os grandes desafios que se colocam à Associação Provincial de Basquetebol de Nampula?

O nosso desafio é continuarmos focados na organização, continuarmos focados na massificação, continuarmos focados para que o basquetebol cresça na província. Vamos continuar focados para que nós possamos ter esta oportunidade de receber uma das fases e até a fase final, se nos permitirem, da Liga Moçambicana de Basquetebol. Como é de registo, Nampula já chegou a receber um dos grupos da fase final do Campeonato Africano de Basquetebol sénior feminino. Então, acredito que temos condições e já provamos que estamos em condições de receber qualquer tipo de competição.

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