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Detidos três indivíduos em conexão com venda ilegal de fármacos em Tete

Fotos: O País

A venda ilegal de fármacos do Sistema Nacional de Saúde é uma realidade nos mercados informais da capital provincial de Tete. Os referidos medicamentos são comercializados à margem da lei e sob olhar impávido das autoridades.

Indivíduos sem conhecimentos técnicos de saúde colocam, com a sua acção criminosa, em perigo a vida das pessoas. Para estancar a venda ilegal de fármacos, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) realizou, na última sexta-feira, uma operação em locais onde a venda ilegal de fármacos ocorre e o resultado desta acção foi a detenção de três indivíduos e apreensão de quantidades diversas de medicamentos. Os indiciados desta prática no mercado informal negam seu envolvimento no crime e alegam estar detidos injustamente.

“Eu estava na banca do meu amigo e vinha comprar alguma coisa para comer, mas, quando cheguei ao local, a Polícia estava a fazer o seu trabalho e os agentes pediram-me para os acompanhar. Não sei por que estou detido”, disse um dos indiciados.

Outro indiciado alega ser apenas vendedor de chinelos no mercado Kwachena e não propiamente de fármacos. “A Polícia confundiu-me com indivíduos que vendem medicamentos quando saía de um alfaiate no mercado. Mas eu sou apenas um vendedor ambulante de chinelos e estou a ser acusado injustamente”, negou a prática do crime.

Um dos detidos que assumiu seu envolvimento de venda ilegal de medicamentos nos mercados informais esclareceu ter adquirido os fármacos numa das farmácias privadas, no centro da cidade de Tete.

“Eu compro estes medicamentos nas farmácias Goving e Aziaty, no centro da cidade Tete”, refere um dos indiciados também a contas com as autoridades.

A porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal em Tete, Celina Roque, diz que os fármacos foram apreendidos em plena luz do dia nos mercados Kwachena, Cambinde e Canongola na última sexta-feira.

A fonte refere, ainda, que maior parte dos fármacos apreendidos já se encontra fora de prazo. Por isso, apela à população para não seguir por vias ilegais para compra de medicamentos, facto que pode ser prejudicial à saúde pública.

“Eles efectuavam a venda nos três maiores mercados informais da cidade de Tete, nomeadamente Kwachena, Cambinde e Canongola. Maior parte dos medicamentos já está fora de validade e, por isso, apelamos às comunidades para não enveredarem por esta via para comprar medicamentos”, alertou.

Celina Roque esclareceu ainda que foi aberto um processo-crime contra os indiciados, pelo que deverão responder pelos seus actos na barra da justiça.

Refira-se que a venda ilegal de fármacos em Tete acontece numa altura em que se regista a falta de medicamentos nas farmácias das unidades sanitárias públicas.

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