Ontem, foram apresentados, no Comando da PRM da Cidade de Maputo, seis indiciados de se terem introduzido em residências, estabelecimentos comerciais e uma igreja para se apoderarem de diversos bens. Segundo o porta-voz no comando da Cidade de Maputo, Orlando Mudumane, os detidos fazem parte de quadrilhas que aterrorizam vários bairros da capital moçambicana.
“São indivíduos que recorrendo a vários meios, introduzem-se em residências alheias de onde retiram vários bens. Um destes foi detido na zona do alto Maé por ter arrombado uma igreja, de onde retirou uma aparelhagem sonora que era usada para o culto, tendo outros dois se apoderado de cadeiras em um estabelecimento comercial. Todavia, o trabalho da Polícia culminou com a detenção dos indiciados. Um outro grupo de três subtraiu uma viatura do tipo Toyota hiace dentro de um parque, na zona de Malhazine e com recurso a chaves falsas”, disse o porta-voz e salientou que a viatura em causa foi escondida pelos malfeitores para ser desmontada e vendida em peças, à semelhança do que muitos criminosos têm feito, para que não sejam descobertos.
A fonte garantiu que já foi localizado o proprietário da viatura e será devolvido de imediato.
Os membros das três supostas quadrilhas apresentam depoimentos contraditórios.
O acusado de roubo de aparelhagem disse que comprou de vizinhos do bairro que lhe disseram na altura que traziam da África do Sul.
“Quando comprei não sabia que o aparelho era roubado, depois fiquei a saber que foi subtraído numa igreja, no bairro do Alto Maé” disse o detido.
“Eu vi que o dono das cadeiras estava distraído e roubei as 4 cadeiras, depois procurei o meu amigo para ajudar-me a vender, mas fomos interpelados pela polícia no sábado antes de vendermos” declarou um dos indiciados ora detido.
Contradição de depoimento verificou-se entre os três indiciados no roubo da viatura. Um deles diz que foi contactado por alguém para ir tirar a viatura do parque que seria seu instrumento de trabalho, mas pelo caminho descobriu que a viatura não era do homem que lhe indicou e trata-se de um roubo.
Por sua vez, o suposto mandante, para retirar a viatura do parque, disse tratar-se de uma mera acusação e que não tinha pacto com o primeiro acusado.
De entre eles está também um outro jovem de 24 anos de idade, que seria cobrador do carro roubado e que acompanhou o seu amigo, mas diz que não sabia que a viatura era roubada.