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Detidos ministro das Finanças e secretário de Estado da Guiné-Bissau  

O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram hoje detidos.

A detenção ocorreu no âmbito de um processo relacionado com pagamentos a empresários, disse à Lusa fonte judicial.

A fonte escreve que Seidi e Monteiro ficaram em prisão preventiva e foram conduzidos para as celas da Polícia Judiciária no bairro do Reno, perto do Mercado do Bandim, no centro de Bissau, após cerca de seis horas de audição no Ministério Público.

Os dois governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.

Segundo o Notícias ao Minuto, a oposição, que denunciou o caso no parlamento, diz tratar-se de crime de prevaricação e desrespeito a normas orçamentais, imputados ao Ministro da Economia e Finanças.

Naquela instância, Suleimane Seidi confirmou a solicitação do crédito, defendeu que todo o processo obedeceu à legalidade e ainda reafirmou ser um procedimento normal entre os Governos da Guiné-Bissau.

A oposição, na voz do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), considera o processo fraudulento por envolver apenas empresários ligados ao Governo da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI – Terra Ranka).

Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada.

Suleimane Seidi e António Monteiro são dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação PAI -Terra Ranka, no Governo, juntamente com o Partido da Renovação Social (PRS), Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG) e mais cinco pequenas formações políticas.

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