Quatro cidadãos foram detidos esta segunda-feira, na Cidade de Maputo, quando, disfarçados de agentes de uma empresa de segurança privada, tentavam levantar mais de três milhões de Meticais numa firma de produção de sabão e óleo.
Dos quatro cidadãos detidos, três são antigos agentes de uma empresa de segurança, que presta serviços à firma na qual pretendiam levantar o valor, e o outro é motorista de outra empresa de segurança privada.
O plano era fazerem-se passar por agentes de segurança no activo, irem à empresa levantar o valor e saírem como se de uma acção legítima se tratasse.
“Para isso, falamos com esse colega que é motorista de uma empresa de segurança privada, ele ia conduzir e emprestar-nos o carro, e como o carro não era da empresa que costuma levantar dinheiro lá, arranjamos autocolantes com o timbre e imprimimos para colar no carro e fechar as descrições da outra empresa, para fazer-lhes pensar que a actividade era como de costume”, explicou um dos indiciados.
Além de sobreporem autocolantes por cima da identificação da viatura, os indiciados procuraram uniformes e falsificaram documentos, fazendo-se passar por agentes no activo, para enganar a empresa de sabão e óleo.
“Como já trabalhamos lá, sabíamos a hora e como fazer o levantamento do valor. Para nós, isso era fácil, por isso achamos que fôssemos conseguir, mas, infelizmente, deu no que deu e estamos aqui”, lamentou outro detido.
Segundo o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), na Cidade de Maputo, Leonel Muchina, quando os proprietários da empresa descobriram a farsa no momento da entrega dos valores, chamaram imediatamente às autoridades policiais.
“Pesam sobre estes indivíduos os crimes de associação para delinquir e falsificação de documentos. É uma situação que consideramos gravosa, há uma premeditação que se pode ver e valeu mesmo a atenção dos gestores dessa empresa”, explicou o porta-voz.
A PRM diz estar a levar a cabo uma investigação para saber se há ou não envolvimento de agentes de segurança no activo, que tenham facilitado a operação.
Refira-se que os agentes ora detidos foram expulsos há mais de seis anos por terem desviado, durante o trabalho, dinheiro de empresas em que prestavam serviço.