Noventa e cinco cidadãos líbios foram detidos pela polícia sul-africana, esta sexta-feira, numa suposta base de treinamento militar na província de Mpumalanga. Junto aos detidos, as autoridades apreenderam drogas e equipamentos militares.
A detenção dos 95 cidadãos líbios aconteceu em White River, após uma rusga numa quinta suspeita de ser utilizada como acampamento militar.
A imprensa sul-africana avança que os suspeitos entraram legalmente naquele país, em Abril, para estudar com a finalidade de serem guardas de segurança e deveriam regressar em Dezembro.
O local é uma empresa licenciada para formação de pessoas que pretendem tornar-se seguranças, mas na realidade funciona como uma base militar, segundo o porta-voz da polícia sul-africana, Donald Mdhluli.
Sem dar mais pormenores, o responsável disse que o proprietário da firma é de nacionalidade sul-africana.
Apesar da suspeita de instalação de base de treinamento militar em White River, as autoridades garantem que não há ameaça à segurança da comunidade.
Entretanto, o responsável pela segurança comunitária em Mpumalanga, Jackie Macie, disse que a descoberta é preocupante e é uma ameaça à segurança do país.
“Como província, estamos muito preocupados. Esta é uma operação séria nesta fazenda. Essas pessoas violaram a Lei de Imigração e, também, a finalidade de seus vistos, pois vieram para cá alegando que pretendiam estudar segurança, mas pelo que estamos a ver, esta é uma base militar pura. Isto é uma ameaça à segurança da província e do país, por isso temos de os prender. Os departamentos relevantes devem assumir o controlo e devolvê-los ao seu país”, disse Jackie Macie.
José Gama, jornalista e comentador nos programas televisivos do grupo Soico, disse que a detenção dos cidadãos líbios visa compreender a situação, até porque a população se queixa do envolvimento de estrangeiros em crimes.
A operação de desmantelamento do local contou, entre outras instituições, com a colaboração da Inteligência Criminal da Polícia.