Um jovem está detido na cidade de Maputo, acusado de fazer parte de um grupo que falsifica resultados de testes da COVID-19 para efeitos de viagem ao exterior.
Com formação em informática e a trabalhar no ramo da construção civil, o cidadão de 31 anos de idade alegou que amigos o convenceram a cometer o crime que pesa sobre si.
Segundo as palavras, pegava no teste original cujo resultado era negativo para COVID-19 e alterava o nome do indivíduo, a data de nascimento e validade do teste, mantendo sempre o resultado negativo. Fazia isso com recursos a meios informáticos.
Segundo apurou o “O País”, o teste falsificado era comercializado a um valor que variava entre 1.500 e 2.000 meticais.
“A pessoa enviava-me o documento e eu simplesmente alterava os dados e enviava de volta. O documento era enviado para mim em forma de imagem e eu devolvia em formato PDF”, confessou o indiciado.
A PRM explica que decorrem investigações com vista a desmantelar toda a quadrilha, porquanto outros presumíveis integrantes continuam a monte.
Na unidade sanitária de onde alegadamente provinham os testes falsificados, os advogados distanciaram-se do assunto e disseram que não reconhecem os acusados.