Foi detido, na cidade da Beira, província de Sofala, um dos principais sócios do contrabandista chinês, procurado pela justiça moçambicana, há mais de três anos. O Chinês é indiciado por crimes de branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo, fraude fiscal, falsificação de documentos e crimes ambientais.
A detenção ocorreu no fim da tarde de terça-feira, na residência do indiciado, onde supostamente estava escondido já há algum tempo. O cidadão é o principal sócio de um suposto contrabandista chinês, que defraudou o Estado moçambicano em mais de 826 milhões de meticais.
A investigação do caso iniciou em Setembro de 2021, quando as comunidades das regiões de Muxúngue denunciaram uma actividade ilegal caracterizada por corte, transporte e exportação de madeira em touro para a china.
As investigações apontaram para o cidadão em causa como principal sócio da empresa que se dedicava a aquela actividade ilícita. As investigações concluíram que o indiciado e o seu sócio tinham mais de 15 empresas, entre elas uma de segurança privada, criada com intenção de disfarçar actividades ilegais, para lavagem de dinheiro e evadir impostos.
Entretanto, o detido nega as acusações. “Eu não conheço nada sobre o assunto de branqueamento de capitais, apenas ajudei um amigo que na altura tinha uma empresa, que tinha uma sociedade que era moçambicana, e houve um desentendimento entre eles. Nesse desentendimento o parceiro decidiu que tinha que sair, então saindo ele, tinha que meter um sócio moçambicano para que a empresa continuasse a trabalhar. Nesse ponto, o único amigo que ele tinha de confiança era eu, então pediu que lhe ajudasse”, disse o indiciado.
Refira-se que em finais de 2022 uma das empresas do contrabandista chines, a gigante Panda segurança, foi encerrada pelo Ministério Público e, na altura, foram apreendidas 22 armas de fogo.