O País – A verdade como notícia

Na madrugada de segunda-feira, calou-se a voz de uma figura transversal e multifacetada. De cunho político, jornalístico e desportivo. Figura com enorme sensibilidade desportiva, Manuel Tomé dirigiu os destinos da Federação Moçambicana de Natação entre 1995 e 2000. Período, esse, em que não somente procurou dinamizar a modalidade como também, e porque não dizê-lo(?), capitalizou a sua imagem para se abrirem mais janelas de oportunidade para a natação.

Lutou, com todas as suas forças, para travar “apetites” de algumas elites que pretendiam transformar os espaços das piscinas Raimundo Franisse e Desportivo de Maputo em condomínios privados.

É por isso mesmo que, depois de deixar a presidência da agremiação para cumprir outras missões, foi, por unanimidade, eleito presidente honorário da Federação Moçambicana de Natação, corria o ano civil de 2005.

Mesmo exercendo cargos de responsabilidade no partido no poder, a sua presença naquelas bancadas de madeira da piscina Raimundo Franisse era constante. E em outros locais elegíveis para sediar provas sob a égide Federação Moçambicana de Natação e Associação da modalidade da capital do país.

Não é por acaso, igualmente, que uma das provas “must” do calendário da natação leva a sua designação: Torneio Especialistas Manuel Tomé.

É, por estes momentos, recordado com alguma nostalgia, como um homem apaixonado pela natação e que tudo deu para que desse passes gigantescos.

“Trabalhei com Manuel Tomé desde 1990. Em 1995, por recomendação de Marcelino dos Santos, viajei para Sofala para apresentar a candidatura de Manuel Tomé ao cargo de presidente da Federação Moçambicana de Natação. A candidatura contou com a ajuda de Zaidy Aly e Renato Caldeira”, recuou no tempo Caetano Ruben, presidente da Associação de Natação da Cidade de Maputo.

Tomé identificou-se, desde logo, com o manifesto eleitoral desenhado pelo seu elenco e colocou-o em prática até que a sua missão, na natação, terminasse.

“Manuel Tomé viveu e apoiou a natação. Como presidente, apoiou os atletas e os dirigentes. É uma figura que sempre deu o seu melhor em prol da modalidade. A natação perde um homem que sempre lutou incansável e abnegadamente pela causa da modalidade. Sempre deu o seu calor e carinho aos atletas”, recordou.

Em 2000, uma tragédia abateu-se sobre a natação moçambicana com o acidente fatídico que ceifou a vida a Tânia Anacleto, uma das melhores intérpretes da natação do país, e Reginaldo Correia, na zona de Namaacha.

Mesmo sobrecarregado com as funções de secretário-geral da Frelimo, “Manuel Tomé fez questão de viajar connosco para aquela zona de Namaacha para a localização e transporte dos corpos para a morgue.”  E não se ficou por aí: “Ele criou condições para a realização do funeral. Ele participou em todas as cerimónias fúnebres, consolou a família de Tânia Anacleto. E, quando Raimundo Franisse perdeu a vida, ele sempre esteve presente. Manuel Tomé criou condições para o corpo de Raimundo Franisse ser transladado da África do Sul para Moçambique”.

 

A VOZ DE FERNANDO MIGUEL

O antigo presidente da Federação Moçambicana de Natação, Fernando Miguel, trabalhou com o falecido enquanto dirigente da agremiação, pelo que enaltece o trabalho por ele desenvolvido.

Fernando Miguel não hesitou, quando abordado pelo “O País”, em considerar que “Manuel Tomé é uma figura carismática na natação moçambicana, uma figura que sempre se empenhou para promover a modalidade.”

Miguel entende que “Manuel Tomé teve uma intervenção importante em momentos difíceis da natação, e uma pessoa que sempre esteve disponível e se mostrou aberta, sempre trabalhou com cada um de nós para juntos promovermos a natação em Moçambique”.

Recordar Manuel Tomé é, para todos os efeitos, falar de um dirigente que sempre pautou pela disciplina, rigor e se manteve disponível para promover a natação em Moçambique.

“Trabalhou na Federação Moçambicana de Natação, mas também como presidente honorário, deixando um grande legado de organização interna e coesão de grupo. Foi uma pessoa que sempre lutou pela disciplina e ordem. É uma pessoa que sempre teve grandes intervenções, mesmo fora do seu mandato, como presidente honorário, continuou a dar o seu apoio para materialização daquilo que são os anseios da modalidade.”

Foco na realização de provas regulares, mesmo em cenário de dificuldades financeiras, era o lema do antigo presidente da Federação Moçambicana de Natação.

“Ele sempre se empenhou e encorajou a modalidade. Nunca foi favorável ao cancelamento de torneios, nunca foi favorável ao cancelamento de participação de Moçambique em competições internacionais por falta de condições. Sempre disse que temos de arregaçar as mangas e arranjar soluções. Ele sempre defendeu que os dirigentes são eleitos para encontrar soluções e não para apresentar dificuldades e contratempos”, notou Fernando Miguel. E, adiante, elaborou mais: “E isso até hoje é um lema que guia todo o dirigismo dentro da natação. Todos nos sentimos encorajados a encontrar soluções para que a natação ande para frente.”
Massificação e não elitização da natação foram outros pontos defendidos por Manuel Tomé, tanto como presidente da Federação Moçambicana de Natação quanto como amante da modalidade.

“(…) Manuel Tomé sempre disse que as comunidades em voga das piscinas devem ter acesso à natação, sempre defendeu que a modalidade não deveria ser elitizada. Sempre foi contra uma natação para elites. Nesta perspectiva, teve um papel determinante quando foi para dissuadir ou desencorajar aquelas tendências que existiam de construir a piscina olímpica na Polana. Dizia-se que, no Zimpeto, não há pessoas para fazer natação de elite em piscina de 50 metros. Sempre disse que a natação é para os moçambicanos, e que no Zimpeto há pessoas para a prática da natação.”

Com Carla Covane (12 pontos e 10 ressaltos) e Odélia “Mafa” Mafanela (10 pontos e 11 ressaltos) a fazerem sociedade, na área restritiva, o Ferroviário de Maputo voltou a vencer o Costa do Sol (50-46), em jogo da jornada 1 do Torneio de Abertura. Sem operador de 24 segundos, e jogar-se 12 minutos por cada quarto, houve resultado apertado por conta de um Costa do Sol que deu luta mesmo limitado.

Foi, feitas as contas, a segunda vitória do conjunto de Nasir “Nelito” Salé diante das “canarinhas”, num espaço de uma semana. É verdade, até porque o Ferroviário conquistara semana passada a Supertaça Jogabets, superiorindo-se às vice-campeãs nacionais.

Sem Ingvild “Inga” Mucauro, com contratado expirado e as duas partes a não se entederem para a sua renovação (ndr: a atleta esteve a assistir ao jogo) e Eleutéria “Formiga” Lhavanguane, o Costa do Sol esteve condicionado nos instantes iniciais do primeiro quarto tanto ofensiva como defensivamente.

E o resultado? Com um jogo interior mais forte, onde se destacou Carla Covane a jogar bem de caras e costas para o cesto e ganhar as segundas bolas, as campeãs nacionais fizeram um parcial de 8-0. Desconto de tempo solicitado por Loenel Manhique para fazer os ajustes. Reagiu, depois, o Costa do Sol com Nilza Chiziane e Deonilde Cuamba a desequilibrarem na área restritiva. O parcial de 15-11, no final do primeiro quarto, era um claro indicativo de que o jogo não seria tão fácil para o Ferroviário de Maputo, que se apresentou com maior clarividência ofensiva no primeiro quarto.

Com o segundo quarto, veio um Costa do Sol que tinha, para não variar, no seu jogo interior a grande arma. Pois, com tiros curtos (jump shot), Nilza Chiziane revelava-se mortífera.  Com dificuldades, em alguns ataques para fazer os bloqueios, o Ferroviário de Maputo permtiu que o Costa do Sol ganhasse as sgundas bolas. Mas, em stuações de ataques posicionais e contra-ataques, a equipa de Nelito manteve o resultado sempre favorável. No final do segundo quarto, o parcial era de 17-16, e o marcador indicava 32-27 ao intervalo.

Antevia-se, tal como veio a acontecer, um terceiro quarto equilibrado com o Costa do Sol a procurar ir buscar cinco pontos de desvantagem. Mau grado o facto do seu “coach” Leonel Manhique (Mabê) ter sido sancionado com uma segunda falta técnica por reclamação ao trabalho de António Engless (que foi coadjuvado por Edmilson Lopes).
Clede Machava (jogadora que se transferiu da A Politécnica para o Costa do Sol) destacou-se, nesta etapa, com algumas penetrações pelo corredor central. Bom período do Costa do Sol que continuou a ter em Nilza Chiziane, igualmente, a sua jogadora desequilibradora. Nasir “Nelito” Salé fez a rotação da equipa, lançando Bruna Argélio para refresacar a posição 1, para além de Dulce Mabjaia, Rosa Cossa e Ornília Mulhui, mas a equipa verde-e-branca teve a pior pontuação do jogo: 8 pontos contra nove do Costa do Sol ao cabo desta etapa. À entrada do último quarto, o Ferroviário de Maputo vencia por 40-3. Havia jogo, no pavilhão do Desportivo, a avaliar pelos três pontos de diferença e reacç ão do Costa do Sol.

Mas foi mesmo expectativa, porquanto a pontuação do jogo baixou. O Costa do Sol viu Nilza Chiziane ser desqualificada com cinco faltas. Os dois conjuntos, com algum desgaste físico, não conseguiram fazer um quarto período intenso.

OUTROS RESULTADOS

Com uma equipa rejuvenscida, o Desportivo de Maputo entrou com o pé direito no Torneio de Abertura de Basquetebol em seniores femininos. O conjunto de Lourenço Buque derrotou, sábado, no seu pavilhão, as Águias Especiais por cinco pontos: 55-50. Bem ao lado, no pavilhão do Maxaquene, a equipa da casa perdeu com a A Politécnica por 60-39. Lázio ficou de fora devido ao número ímpar de equipas.

COSTA DO SOL INICIA DEFESA DO TÍTULO COM VITÓRIA

O Costa do Sol, detentor do título, arrancou a sua participação na prova com uma vitória diante das Águias Especiais, por  72-54.  Por sua vez,  o Ferroviário de Maputo bateu a New Vision (que está a ganhar rodagem para atacar à fase de acesso à Liga Moçambicana de Basquetebol) pela marca de 105-68.

Há ainda a assinalar as vitórias do Maxaquene “A” sobre a A Politécnica (58-46) e Universidade Pedagógica diante do Maxaquene “B” (73-60).

A selecção nacional de futebol de praia terminou a sua participação na edição 2024 do Torneio COSAFA com uma medalha de prata.

Moçambique perdeu na final diante da sua congénere do Marrocos, por 4-3, na transformação de grandes penalidades, após o empate a quatro bolas no tempo regulamentar.

Naquela que era a sua segunda final, o combinado nacional apresentou-se mais adulto a responsável, assumindo as despesas do jogo, perante um adversário calculista e que jogava no limite do erro de Moçambique.

O conjunto de Saidate Moveia soube sofrer nos momentos cruciais da partida, em que comandou o marcador por largos minutos.

Quanto ao Marrocos, adversário com quem a selecção nacional perdeu no jogo inaugural da prova, recorreu à experiência para “matar” o jogo de Moçambique.

Até aos últimos minutos da partida, o combinado nacional estava a vencer por 4-3, mas viu o desejo de erguer a taça pela segunda vez ruir, com o golo dos marroquinos.

O tento do Marrocos arrastou o jogo até às penalidades. A turma Moçambique converteu três penáltis, contra quatro dos marroquinos, que se sagraram campeões da prova.

A título individual, Moçambique viu o valioso jogador Figo a ser eleito o melhor da COSAFA e também melhor marcador da competição, sucedendo a Nelson Manuel, atleta que também já foi galardoado.

No quadro geral da participação moçambicana nesta prova regional, fica um saldo de três vitórias e duas derrotas, curiosamente contra o mesmo adversário, Marrocos.

Moçambique terminou a sua participação na 13ª edição dos Jogos Africanos com um total de seis medalhas, das quais cinco de prata e uma de bronze. A modalidade de boxe foi a que mais medalhas conquistou, três de parata e uma de bronze, através das pugilistas Alcinda Panguana, Isabel Mulungo, Armando Sigaúque e Rady Gramane.

O voleibol de praia amealhou, nas olímpiadas de África, uma medalha de prata, feito alcançado por Ana Paula Sinaportar e Vanessa Muianga. Donaldo Paiva, atleta de xadrez, também conquistou uma medalha de prata.

Moçambique fez-se representar no “africano” por um total de 33 atletas das modalidades de Atletismo, Boxe, Judo, Natação, Taekwondo, Voleibol de Praia, Xadrez e Ténis.

O avançado moçambicano Figo e o seleccionador nacional Saidate Moveia fazem parte da equipa ideal da fase de grupos do torneio regional do Cosafa de futebol de praia.

A escolha em Figo, duas vezes eleito melhor jogador em campo, tem que ver, também, com o facto de ser o segundo melhor marcador da prova, com cinco golos, atrás do saudita Ramzi Dakman, que soma seis golos e também foi eleito para o cinco ideal.

Marrocos com dois jogadores e Malawi com um são outras selecções com jogadores na equipa ideal.

Saidate Mouveia, seleccionador nacional, foi eleito o melhor técnico da prova. Recorde-se que Moçambique joga esta sexta-feira com Arábia Saudita, a partir das 15:30h, para as meias-finais do Cosafa de Futebol de Praia que decorre em Durban, na África do Sul.

Moçambique já tem asseguradas três medalhas de prata e duas de bronze nos Jogos Africanos de Acra-2024. O boxe é a modalidade que tem mais medalhas conquistadas.

Depois do xadrez e do voleibol de praia conquistarem as duas primeiras medalhas para o país nos Jogos Africanos de Acra, desta vez é o boxe a elevar o número de medalhas para Moçambique.

Esta quarta-feira, foi o pugilista Armando Sigaúque a vencer as meias-finais e apurar-se à final da categoria de -57kg, assegurando, desde já, a medalha de prata. Sigaúque derrotou o ugandês Karim Murungui por 4-1 e vai disputar a final esta sexta-feira, diante do nigeriano Dolapo Omole.

Quem não conseguiu chegar à final foi a pugilista Rady Gramane, que terminou a sua participação no torneio de Boxe inserido nos Jogos Africanos de Acra com a medalha de bronze, na sequência da derrota diante de Patrícia Mbata da Nigéria, nas meias-finais da competição.

Esta quinta-feira é a vez da Alcinda Panguana, na categoria dos 70kg, entrar em cena nas meias-finais, defrontando a congolesa Mbabi Tsheusi Brigitte. Panguana tem, também, assegurada a medalha de bronze, mesmo antes de competir.

No atletismo, Moçambique não conseguiu nenhuma medalha, mas Cecília Guambe alcançou o feito de chegar à final dos 100 metros barreiras, dos Jogos Africanos de Acra. A atleta moçambicana terminou na quinta posição com a mesma marca alcançada nas meias-finais, de 14 segundos, confirmando o recorde nacional da categoria.

Já Edson Deve não conseguiu superar a sua marca e nem chegar à final, ao terminar a sua série, na prova dos 200 metros livres, na quarta posição, nas meias-finais.

Moçambique é, actualmente, 27º colocado no ranking dos Jogos Africanos.

A selecção nacional de futebol de praia está nas meias-finais do torneio regional do Cosafa, que decorre em Durban, na África do Sul. Os “guerreiros de praia” venceram no jogo da terceira jornada da fase de grupos a sua similar de Angola por 8-4 e terminam na primeira posição do grupo A.

Angola, que vinha de uma importante vitória diante de Marrocos na segunda jornada, que colocava a selecção angolana na primeira posição, ainda foi a primeira a marcar nos primeiros cinco minutos, deixando os moçambicanos apreensivos quanto ao desfecho.

Mas a quase três minutos do fim do primeiro período, Rachid, com uma execução esplêndida, empatou a partida, antes de Angola voltar a adiantar-se, numa jogada em que o guarda-redes moçambicano foi mal batido.

A começar o segundo período foi Figo a restabelecer o empate, num remate forte, para depois ser Arroz, numa combinação perfeita com Figo, a colocar Moçambique, pela primeira vez na frente. 

Pieer, ainda no segundo período, dilatou o resultado para 4-2, para depois ser Dinho a aumentar a vantagem. No último período Moçambique entrou mais concentrado e o guarda-redes Hora-G ainda defendeu uma grande penalidade a dar confiança aos seus companheiros. Numa perda de bola do defensor angolano, Pieer aproveitou para bisar e colocar o resultado em 6-3 e quase a sentenciar o resultado final. 

Mas ainda faltavam mais dois golos, de Figo e de Dez a colocarem – resultado final em 8-4 para a selecção nacional de Moçambique, que assim garante o primeiro lugar do grupo. Figo voltou a ser eleito o melhor jogador em campo.

Moçambique, recorde-se, começou a competição a perder diante do Marrocos por 5-2, mas venceu a Tanzânia na segunda jornada, por 5-4, e esta quarta-feira a Angola, por 8-4.

Assim, os “guerreiros de praia” aguardam pelo término dos jogos do grupo A para conhecerem o seu adversário nas meias-finais, na sexta-feira, que será o segundo do grupo.

A selecção nacional de futebol de praia foi campeã regional em 2021 e terminou em quarto lugar em 2022, na última edição da prova.

Há clubes do Moçambola que ainda não aderiram ao processo de licenciamento, tal como manda o regulamento da Federação Moçambicana de Futebol. Faltam apenas oito dias para o término do processo.

Os prazos começam a apertar. É já na próxima terça-feira que termina o processo de licenciamento dos clubes que militam no Moçambola. O licenciamento é um dos principais requisitos para participar na maior prova futebolística nacional, como manda o regulamento da Federação Moçambicana de Futebol.

Apesar de os prazos se apertarem, ainda há clubes que não aderiram ao processo. Segundo o responsável pela Comissão de Licenciamento de Clubes da FMF, as referidas colectividades ainda não remeteram os respectivos expedientes ao organismo, facto que poderá, de alguma forma, embaraçar o processo.

Ainda assim, garante a fonte, uma boa parte dos clubes já remeteu os seus processos, faltando a sua respectiva avaliação pelo organismo. A Comissão de Licenciamento de Clubes vai dar a conhecer o resultado da avaliação dos expedientes no dia 5 de Abril, precisamente à porta do arranque do Moçambola.

Há alguns clubes que já estão no terreno a melhorarem as suas infras-estruturas, como é o caso do Baía de Pemba. O Estádio Municipal de Pemba está a beneficiar-se de obras de melhoramento do piso e bancadas, tendo em vista responder às exigências do organismo que gere o futebol moçambicano.

Em contrapartida, a Associação Desportiva de Vilankulo viu a sua situação agravar-se com a destruição do Estádio Municipal local, devido à tempestade Filipo que fustigou a província de Inhambane.

A FMF, recorde-se, já deixou o recado aos clubes que não aderirem ao processo de licenciamento. Uma das medidas do organism o será banir essas colectividades do Moçambola.

Os moçambicanos na diáspora tiveram resultados animadores no fim-de-semana, com vitórias que colocam as suas equipas nos lugares de destaque em diferentes campeonatos. Zainadine Jr. recuperou-se da lesão e já foi convocado, ainda que não tenha feito um minuto sequer. Faizal Bangal continua lesionado e fora das opções do seu treinador.

Geny Catamo, Luís Miquissone, Witi, Bruno Langa, David Malembane e Stanley Ratifo foram os vitoriosos dos moçambicanos que actuam fora de portas.

Destes todos, dois merecem maior destaque por terem ajudado as suas equipas a vencer, nomeadamente Geny Catamo e Stanley Ratifo.

A jogar pelo Sporting de Portugal, e a titular (o lugar já está cativo), Geny ainda viu o Boavista adiantar-se no marcador, mas ainda na primeira parte o “leão” chegou ao empate. Na segunda parte, e tal como na jornada passada, Catamo foi determinante na recuperação do resultado ao fazer assistência para o segundo golo do Sporting e abrir o livro para uma reviravolta espectacular por 6-1, que garante mais uma vitória e a liderança isolada da Liga Portuguesa.

O Sporting tem mais um ponto que o Benfica e menos um jogo.

Já Stanley Ratifo esteve em bom plano na vitória do CfR Phorzheim no terreno do SSV Reutlingen 05. O avançado moçambicano assistiu para o primeiro golo da sua equipa, qye acabou por vencer 3-1, em jogo da 23ª jornada da Oberliga BW, a quarta divisão da Alemanha.

O moçambicano Ratifo foi titular e saiu aos 74 minutos, mas ajudou a equipa a ascender à quarta posição da prova, aproximando-se das posições de promoção para a terceira divisão.

Na segunda liga portuguesa, foi Witi, titular, que ajudou o Nacional da Madeira a somar mais uma vitória, tangencial, diante do líder Santa Clara, e ascender à terceira posição da prova, agora com 51 pontos, um lugar que dá acesso ao playoff de ascensão à Primeira Liga.

Já Bruno Langa, que foi suplente utilizado a partir dos 80 minutos, fez história ao ajudar a sua equipa a alcançar a primeira vitória na LaLiga. O Almería da Espanha derrotou, fora de portas, o Las Palmas, por 1-0, ainda assim a manter-se na cauda da tabela classificativa.

Desde a chegada de Bruno Langa, o Almería soma quatro empates, duas derrotas e uma vitória.

Outro vitorioso em campo foi Luís Miquissone. Entrado na segunda parte do jogo entre Simba e Mashujaa, Miquissone foi a tempo de ver Cletus Chama bisar e dar mais três pontos, colocando a equipa na terceira posição, agora com 45 pontos, menos sete que o líder, Young Africans. O Simba tem menos dois jogos na competição.

Por fim, dos vitoriosos foi David Malembane, que mesmo sem sair do banco viu o Noah Fc vencer o Coastal Union à tangente e colar-se ao Pyunik Yerevan no top da classificação da primeira liga da Arménia, ambos com 55 pontos.

Entretanto, há ainda a destacar Reinildo Mandava, que voltou a ser titular no Atlético Madrid, que perdeu em casa diante do Barcelona, por 3-0, bem como Ricardo Guimarães, no Chaves, também derrotado pelo Guimarães, por 2-1. Mexer foi titular mas não evitou a derrota do seu Bandimarspor diante do Eyupspor (3-2).

Gildo Vilankulo, que viu a sua equipa, Sporting de Covilhã, empatar a dois golos com Varzim, Geraldo (Juventude de Évora), que perdeu diante da Vitória do Setúbal por 3-0, Amadou, que joga no Iheu da Tanzânia e foi derrotado, Jonathan Muiomo, a jogar no SSVG Velbert e goleado por 5-0 diante do Wuppertaler da terceira divisão da  Alemanha, e Alfonso Amade, que viu o Oostende da segunda liga da Bélgica derrotado, foram todos titulares nas suas equipas.

Faizal Bangal e Gianluca Lorenzoni estão lesionados e dão contributo às suas equipas, enquanto Zainadine Jr. já se recuperou da lesão e já faz parte dos convocados. Zaina não saiu do banco na vitória do Marítimo diante do Tondela por 3-0.

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